quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Como um raio em minha vida


Hoje me sinto ligeiramente triste...
E alegre ao mesmo tempo,
Vivenciando uma saudade sem volta,
E ainda assim, me vejo sendo grata.
Hoje completa três meses que ele partiu,
E então um grande amigo se foi...
Por que perdemos nossos melhores amigos?
Por que perdemos as pessoas com quem mais nos entendemos?
Ainda me lembro de nossas conversas,
De tudo um pouco, e muito de tudo um pouco...
Há pessoas que são insubstituíveis,
Ainda não sei se todas, mas algumas sim,
Algumas ainda sentimos como especiais, e sim, especiais!
Conversas longas, e até as pequenas e rápidas, mas carregadas de tanta sabedoria.
Costumo dizer que nada é por acaso,
E que quando “perdemos” alguém, é de certa forma obra de Deus.
De Deus em um sentido amplo, não por destino, mas por elevação.
Há pessoas que passam feito um raio em nossa vida,
E podemos interpretar de diversas formas,
Como a de destruição e estrondo,
Ou pela iluminação e energia...
Há pessoas que nada sentem quando se perde um alguém,
Ou por se sentir livre, ou insensível,
Apenas uma forma de interpretar e vivenciar.
Há pessoas que nos faz falta, e há pessoas que nem notamos sua falta.
Meu pai é uma das pessoas insubstituíveis pra mim,
A que veio iluminar e me devolver uma energia antes estagnada,
Hoje eu me sinto livre mesmo com a falta dele,
Pois é como escolhi interpretar e vivenciar.
Não era um desejo o perder, mas respeito ao desejo dele...
O desejo de ir...
E quando compreendemos o tempo em que as pessoas permanecem em nossa vida,
Descobrimos que o tempo não existe,
E que jamais alguém deixa de fazer parte da nossa vida,
Ou seja, jamais o perdi.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A lenda do poeta e do filósofo



Houve em certo tempo uma história do poeta e do filósofo, que até hoje, não sabemos quem era o poeta e quem era o filósofo, essa história de tão esquecida e abandonada, virou uma lenda...
E lendo a lenda na lembrança da alma, reconheço um pouco do filósofo no poeta, e também um pouco do poeta no filósofo, que hoje, ambos se apagaram como quem com uma borracha apaga um conto escrito a lápis, mas a inevitável marca no papel das partes escritas com mais força, com mais vontade, com mais vida, com mais amor, estas marcas no papel não se apagam com a borracha, e sim se torna uma tatuagem na alma, que nem mesmo ao ser jogado toda a lenda em uma fogueira é capaz de queimar, e nas entranhas do subconsciente a lenda ressurge feito um sonho, e leva o poeta a filosofar, e ao filósofo poetizar. E então a fumaça é levada aos céus como em uma mensagem direta a Deus... Deus! Dê-nos sabedoria e entendimento para que nossa lenda não seja um exemplo de dor, e sim de puro amor, de amor incondicional, de respeito, de compreensão, de entendimento.
Assim, em oração, o poeta filósofo ressurge com seu desejo de viver todo o puro amor incondicionalmente sem a lembrança da dor, e confia toda sua alma em um entendimento de seu amor incondicional. 
E o silêncio...

Sonhos...



E os sonhos não realizados, porém sonhados...
E os sonhos não sonhados, que de tão encantados, consideramos sonhos sonhados...
Mas, os sonhos que carregamos no peito, escondido no fundo da alma, aqueles não realizados, os mais secretos dos secretos, o mais seguro que de tão protegido parece desaparecer...
Parece, pois nenhum sonho sonhado, realizado ou não desaparece, ele apenas se aquieta e te dá uma sensação ilusória de paz...
Se não chegar a compreensão dos sonhos, sejam realizados ou não, eles podem vir a se tornar pesadelos, mas ao chegar à compreensão, eles se tornam leves, te levam paz, mesmo sendo um sonho não realizado.
E os sonhos de amor...
E os sonhos profissionais...
E os sonhos de vida, e de vida além da vida...
E os sonhos dos sonhos...

Hoje eu tive um sonho, um sonho dos sonhos...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Em agradecimento



Há dias em que a minha vida mais parece uma obra de arte, 
onde tudo eu vejo cor de rosa e cercada de borboletas, 
mesmo quando é tudo apenas imaginação.

Ando ocupada, mas... logo eu apareço!

Obrigada pela visita! 

sábado, 30 de outubro de 2010

Que seja!

Imperfeição é quando não está se observando o que quer que seja por um todo, como um todo.



Continuando então... “O universo conspira ao seu favor” com exatidão atendendo aos seus reais pedidos, até mesmo aqueles pedidos em momentos de distrações, ou de medo, ou de raiva, ou de fome, ou de cede, ou...
Bom falar nesse momento como construímos os desejos inconscientes, ou distraídos, mas também que são desejos e desejos reais, vindos da mente criativa.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

GANHEI CORAGEM


Ganhei Coragem Por Rubem Alves,  colunista da Folha de S. Paulo

"Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo
que ele realmente conhece",
observou Nietzsche.

É o meu caso.  Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo.

Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega:
"Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos"..
Tardiamente. Na velhice.   Como estou velho, ganhei coragem. Vou dizer aquilo sobre o que me calei: "O povo unido jamais será
vencido", é disso que eu tenho medo.
Em tempos passados, invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política.
Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar: a democracia é o
governo do povo.
Não sei se foi bom negócio; o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os
programas de TV que o povo prefere.
A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação histórica. Nada mais distante dos textos bíblicos.
Na Bíblia, o povo e Deus andam sempre em direções opostas. Bastou que Moisés, líder, se distraísse na montanha para que o povo,
na planície, se entregasse à adoração de um bezerro de ouro.
Voltando das alturas, Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas com os Dez Mandamentos.
E a história do profeta Oséias, homem apaixonado!
Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava!
Mas ela tinha outras idéias. Amava a prostituição.
Pulava de amante e amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a
perdão. Até que ela o abandonou.
Passado muito tempo, Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos.
E o que foi que viu?
Viu a sua amada sendo vendida como escrava. Oséias não teve dúvidas.
Comprou-a e disse: "Agora você será minha para sempre".
Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus.
Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta.
Ele amava a prostituta, mas sabia que ela não era confiável.
O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhe contavam mentiras.
As mentiras são doces; a verdade é amarga.
Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo.
No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões.
E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos! As coisas mudaram.
Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo.
O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo
queimados em praças públicas.
As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o
cheiro de churrasco e os gritos.
Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro "O Homem
Moral e a Sociedade Imoral" observa que os indivíduos, isolados, têm
consciência. São seres morais.
Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem.
Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas
emoções coletivas.
Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo tornam-se capazes dos atos mais cruéis.
Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival.
Indivíduos são seres morais.
Mas o povo não é moral.  O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo.
Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional,  segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade.
É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia.
Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado.
O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão.
Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens.
Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens
mais sedutoras.
O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam.
Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à
coletividade.
Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.
Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo.
Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás.
Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária.
Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.
O nazismo era um movimento popular.
O povo alemão amava o Führer.
O povo, unido, jamais será vencido!
Tenho vários gostos que não são populares.
Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos.
Mas, que posso fazer?
Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio;
Não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol.
Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e a engolir sapos e a
brincar de "boca-de-forno",  à semelhança do que aconteceu na China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito.
Mas, para que esse acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: "Caminhando e cantando e seguindo a canção."
Isso é tarefa para os artistas e educadores.
O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Feliz aniversário!


Seria hoje... Hoje meu pai faria 74 anos, 27 de outubro de 2010, mas este dia não chegou para ele, não da forma em que estávamos acostumados, lembro do aniversário do ano passado, eu daqui de longe fiz um bolo e soprei a vela com meu filho desejando felicidade, fotografamos e enviamos por e-mail, e nos falamos também por telefone, e por msn... momentos estes que não esqueço jamais. E a saudade permanece, enquanto provocam em mim "crises pensamentais" me distraio com o pensamento de como deve estar sendo o dia de hoje para o meu pai, e comentando com o meu filho que simplesmente falou da possibilidade de ter um bolo enorme lá do outro lado, e por engano menciono vó e logo em seguida vô, e então tendo a certeza da festa lá no céu, se assim devo dizer, pois pra mim é lá no outro plano, em astral, sem tempo, sem dores, sem culpas, sem medos, em luz!

Pai, é meu desejo, LUZ!

sábado, 23 de outubro de 2010

O corpo, o nosso corpo



O corpo, o nosso corpo



Reparou que sempre nos referimos ao corpo como nosso e não como nós? De fato, agimos assim inconscientemente o que já temos a beira da consciência, quase nos revelando mais e mais verdades. Olhe para sua mão e observe, ela é você? Seu pé, ou suas pernas, são você ou são seus? E quando se está em uma situação de perigo ou mesmo quando fazemos uma ligação dizemos quase sempre: “Sou eu” como um pedido de identificação, como se você estivesse dizendo ao outro que se está em perigo, nesse momento não importa quem seja - se em perigo qualquer um socorre a qualquer um em perigo, é um instinto de sobrevivência que é tão ou igual por si mesmo, pelo seu próprio corpo. Isso é o inconsciente divino, da nossa divindade, da consciência adormecida de sermos ímpar, único, Um.
Que seja!

Sônia Vianna Landeo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Por vezes caminhando...

Por vezes as pessoas passam pela nossa vida com talvez um propósito ao qual não entendesse no momento.
Por vezes o propósito existe e com o passar do tempo eis que surge o entendimento.
Por vezes damos tudo por algo, e acabamos descobrindo que o tudo era nada.
Por vezes damos tudo por algo considerado superior, e o tudo que damos era o algo superior
Por vezes amamos loucamente, mas loucura não é amor.
Por vezes nos entregamos ao desconhecido que nos rouba de nós o que mais sagrado existe, o verdadeiro ser.
Por vezes nosso sagrado nos impede de nos entregar e nos resguarda na luz.
Por vezes lutamos por algo, sem saber que com luta não se consegue a paz, pois a paz é justamente o não lutar.
Por vezes a luz é tão forte que nos ofusca a visão, mas com o tempo nos adaptamos na luz, e qualquer sombra é sinal de missão a vista!
Por vezes queremos falar mais do que sentimos, e por vezes sentimos mais do que falamos.
Por vezes nem temos o que falar e nem o que sentir...
Por vezes, às vezes choramos e às vezes sorrimos.
Por vezes chove dias e dias e por vezes o sol brilha intensamente.
Por vezes pensamos demais e por vezes agimos impulsivamente.
Por vezes mentimos e ainda sorrimos.
Por vezes somos sinceros, e as lágrimas escorrem.
Por vezes nada acontece, ou tudo enlouquece!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Rubem Alves (em Curitiba)

Rubem Alves e eu


O que eu poderia dizer de um escritor o qual eu nunca li um livro inteiro se quer? Não vou aqui fazer como a maioria das pessoas fazem em relação ao Paulo Coelho, criticar sem ler, não!

De forma alguma seria capaz de criticar ou elogiar uma obra sem a ter lido inteira, e ler é o que farei com o livro “Desfiz 75 anos” de Rubem Alves, mas posso aqui falar da primeira impressão, afinal, a primeira impressão é a que fica. (Brincadeira, rs). Pude assistir a um bate papo com o Rubem Alves onde pude perceber o lado escritor de sua obra, os fatos reais disfarçados em seus contos, suas verdadeiras impressões do mundo nas linhas de seus livros, suas experiências, seus medos e até sua revelação de não ter a certeza de nada, um ponto em comum que tanto me confortou e que acredito ser natural de um escritor, um poeta. Seu humor dá leveza e realidade aos seus livros, e ele diz apenas que “O importante é pensar e não dá respostas” e ilusão os que pensam que vestibular é o que leva a inteligência, ele até confessou odiar vestibular, concluindo ele diz que a inteligência é igual ao pênis e depois de detalhar o órgão masculino o ridicularizando e o diminuindo, ele diz que se provocado vira um foguete e sai explodindo e vendo o céu, as estrelas, finalizando que a inteligência precisa ser provocada. E a platéia, de com certeza mais de cem pessoas em um pequeno auditório na primeira Bienal do Livro do Paraná, em Curitiba, com pessoas sentadas ao chão, o aplaude sem parar, seu humor é contagiante e por fim na hora de algumas perguntas entre a platéia, que se arrisca em falar depois de uma hora o ouvindo, pois todos parecem estar congelados, anestesiados em reflexão, ele conseguiu! Todos estavam pensando naquele momento, enfim... e as primeiras pessoas que conseguiram soltar a voz, o encheram de elogios, emocionados e emocionando, tamanho amor e gratidão refletida nas palavras de cada uma delas. E eu chego a me envergonhar por não conhecer seus livros, mas não... Ele mesmo diz que conheceu a literatura com seus 40 anos, e que antes lia apenas para fugir de sua realidade, o que não devemos nunca fazer... Por fim, um período para autógrafos, quando eu tive a oportunidade de conversar, tanto sobre Soren Kierkegaard, e seu comentário de ter sido o primeiro filósofo a fazer parte do seu tempo de leitura, estamos então em uma sintonia antes desconhecida, percebi, chego a o pedir perdão, afinal, eu ainda não tinha lido nada dele, e ele respondeu a altura, dizendo que ainda não tinha lido meu livro, me fazendo assim me sentir bem, em tom de igualdade de realidade, seus medos meus medos, suas inspirações, minhas inspirações, a vida, nada além da vida, as experiências refletidas em suas linhas, assim as minhas... Resumindo, mais uma noite especial nesse ano de 2010, anos de perdas, ou melhor, entendimentos e conhecimentos.

Obrigada Rubem Alves pela sua verdade.

Então, desfiz 41 anos...

   

Afinal, nada é por acaso!

domingo, 10 de outubro de 2010

Pés descalços


Pés descalços em folhas secas,
E um silêncio em pensamento...
As folhas se quebram entre os passos,
E um descaso, ou um descanso em pensamento...
E o que se vê além do momento,
É um vento frio e seco espalhando as folhas secas..
Quem será?
Que com seu passo e em silêncio, sereno e ausente,
Passa pisando pelas folhas secas...
Sua roupa branca voando ao vento,
Como se fosse um imenso vestido, um manto?
Deus! Seria Deus?
Zeus?
Meus pensamentos...
Meu momento, meu desejo, meu tormento...
E os pássaros parecem o perceber,
E começam o envolver em seu canto, um encanto, um anjo?
Anjo meu, anjo seu, anjo mau?
Um sábio, um mestre, um mentor, ou um sofredor...
Ou tudo isso, e nada disso?
Um pai, um amigo, um querido, anjo bom?
Que anjo mau e bom, que com seus passos encantam,
Em silêncio ao som dos pássaros que os acompanham,
Voando alto e perto do céu, ao chão...
Anjo, anjo meu, anjo amigo, anjo querido, onde está você?
Anjo lindo, sua luz iluminou todas as folhas que mortas estalavam brindando...
Fazendo dos seus passos um caminho a seguir.
E seu manto branco, como um rastro desenhava entre as folhas,
Sua trilha... que com pedrinhas brancas decorava.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PAI!

Resolvi hoje falar de um assunto que me calou por estes dias, o falecimento do meu pai em 24 de agosto.
Como ainda não é fácil falar sobre esse assunto, venho aqui agradecer.


Agradeço pela escolha dele em vir para Curitiba e consequentemente veio a ficar sobre meus cuidados, sei que a escolha foi para tentar se salvar, mas pude ao menos o confortar pelo mês que se seguiu...
Agradeço pelas nossas conversas entre hospitais, passeios de ambulâncias, e entre exames, tanta sabedoria, tanta compreensão e amor incondicional...
Agradeço pelas palavras e olhares de carinho, mesmo em desespero, seu olhar soube me dizer mais que as palavras seriam capazes de se expressar...
Agradeço pelo tempo em que estivemos juntos, e entre escaldas pés aromatizados, e calores pelo corpo, o frio ficou despercebido, ficando assim possíveis e confortáveis seus últimos momentos...
Agradeço pelo tempo que Deus me deu para poder sorrir e chorar, sentir e compreender sua despedida...
Agradeço a Deus pelo pai que sempre foi, e ainda é em minha memória...
Meu coração engrandeceu nesses momentos entre ele e eu... 
Obrigada!

sábado, 18 de setembro de 2010

Eu e o Mago em Melk - Áustria

Sim, muito eu poderia falar sobre essa viagem, mas ela merece uma resposta a altura, e então, 
em breve!

Mas, posso dividir com você um pouco das duas  mil fotos que eu tirei na Áustria no meu blog de viagem, acesse pelo link http://meublogdeviagens.blogspot.com e mais pra frente, comento sobre os mistérios que envolveram essa minha viagem, e a resposta do livro O Aleph, lançamento do Paulo Coelho.


Eu e o Mago em um momento especial entre os amigos do Mago.


No frio de - 5 graus, madrugada inesquecível, de medo e revelações, de prazer e iluminações, de encantos e sabedoria, em homenagem a São José.

Obrigada Paulo!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

No meio da noite...

"Não olhe a vida por fatos, caminhe, pois as respostas estão todas na consciência, tudo o que precisamos para viver se encontra na consciência, não precisamos de nada que carregamos com as mãos, apenas o que carregamos na consciência... e o perdão acontece quando atinge a consciência."

Palavras do meu mentor no meio dessa noite. Em seguida tive um sonho diferente dos que costumo ter, mas, este vai ficar apenas na minha consciência... Porém, é um perdão...

domingo, 16 de maio de 2010

Em uma poesia minha...


Eu posso falar de amor
E de desamor...
Eu posso ir além dos meus sonhos
E dos meus planos...
Eu posso dizer o que quero
E o que nem quero...
Eu posso voar
E cair...
Eu posso saltar
E me deitar no chão...
Eu posso sorrir
E chorar...
Eu posso imaginar
E me guiar...
Eu posso dizer que te amo
E que não te amo...
Eu posso desejar
E nem realizar...
Eu posso roubar
E até matar...
Eu posso o que eu quiser
E até o que eu não quiser...
Em uma poesia minha...
Eu posso ir
E vir...
Eu posso nem mais sorrir
Ou morrer de rir...
Eu posso comer do veneno
E nem morrer...
Eu posso beijar
E envenenar...
Eu posso amar
Quem nem me ama...
E posso ser desprezada
Por quem me ama...
Em uma poesia minha... 

Se eu morresse hoje




Eu levaria comigo as melhores lembranças
Eu levaria a lembrança dos meus melhores momentos
E até dos meus tormentos...
Eu lembraria o aperto de mão
Que forte me tocou a alma e com um simples sorriso
Me disse mais do que precisava dizer...
Eu lembraria um abraço
Que me confortou a alma
E com um olhar em lágrimas
Me disse mais do que precisava saber...
Eu lembraria um beijo
Que me envolveu num enlaço
E me tomou em seus braços...
Eu lembraria os meus medos
E dos meus tormentos
Que em luz deixei de viver...
Eu lembraria os meus sonhos
E dos caminhos de realização
E compreensão...
Eu lembraria que a vida conduz a morte
E que a morte não existe
E estaria em um estado ainda mais elevado
Se eu morresse hoje...
  

sábado, 15 de maio de 2010

A noite




E o frio embaçando a vidraça da janela
E eu não consigo ver você
A cidade desaparece
E se esconde no frio da noite
E o vento se calou
E o sereno caindo,
Encobrindo todo meu mundo
E o meu medo
Sem você...
E o vento se calou
Você não vem...
E o frio invadindo minha alma
E o sangue parece gelar
Deixando o coração se calar
E a alma a chorar...
Sem você!
E a noite que sempre vem
E a noite que sempre vai
E o frio gelando
E você... que a noite não traz
E a noite que sempre vem...
E a noite que sempre vai

A chave



Fecho a porta da minha alma
Protegendo o meu coração
E nenhuma dor nem rancor
Conseguirão me alcançar
Não se entra e nem eu saio
Não saio de mim nem mesmo pra me ver,
Pra me olhar de fora,
Pelo o seu olhar, não!
Nem me importo se eu ficar sem ar
E nem conseguir mais respirar, não!
Fecho a porta, e não abro mais.
E a chave é um segredo
E nem você nem ninguém conseguirá alcançar
Fecho a porta e assim a minha alma protejo
E eu me escondo, me escondo em mim, de mim...
E nenhuma dor, nenhum rancor vai me afetar.
Se eu me sufocar, sem ar, sem ar...
A quem importar se o fim da minha dor
A minha alma só com amor tem como alcançar... e entrar...
Fecho a porta, fecho a porta...
E nem consegui mais respirar, não!
Fecho a porta, fecho a porta...
Não saio de mim nem mesmo pra me ver,
Pra me olhar de fora, pelo seu olhar, não!
Nem me importo se eu ficar sem ar
E nem conseguir mais respirar, não!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E todo medo


E todo medo
Em desespero, o choro calado,
Fecho os olhos e me vejo em seus braços.
E todo medo...
O medo e o desespero
Nos seus braços desapareceu...
E o seu abraço
Que me envolveu em seu cheiro
E o meu desejo
Você entendeu
E toda dor e o sofrimento
Em seus braços eu me esqueci...
E me esqueci do medo
E todo desamor
No seu abraço você me envolveu
E todo medo e desespero
No seu abraço...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Paixão em segredo




Paixão em segredo
Ouvir sua voz, me fez disparar meu coração,
E minhas mãos geladas eu tentei esconder...
Saudade do teu cheiro, do teu calor e do teu abraço
E o seu beijo eu não sei,
Mas é o meu desejo, meu desejo, meu desejo...
E o seu silêncio que me enlouquece,
Eu não entendo o seu desejo, seu desejo, seu desejo...
O seu olhar é o meu segredo
E nele me vejo em seus beijos, seus beijos, seus beijos...
E aquele abraço apertado que você me deu,
Acalentado, que meu choro você percebeu,
É o meu desejo, e o seu desejo, em desejo...
E o seu beijo, eu não sei,
Mas é o meu desejo, meu desejo, meu desejo,
E o sei silencio que me enlouquece,
Eu não entendo o seu desejo, seu desejo, seu desejo...
E nesse impasse eu me desfaço,
No descaso dos teus passos,
Que nos meus sonhos livre anda pelas ruas de Paris, Paris, Paris...
E no abraço, no enlaço, você me dá as mãos,
É o meu desejo, seu desejo em desejo... 



(Letra Sônia Vianna Landeo)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um abraço e um choro


Um abraço e um choro

Em uma roda, em luz...
Um sentimento de paz predominando,
E meu olhar cruzou ao seu
E seu olhar, bem dentro do meu
Parecia me dizer mais do que podia
Mas, que queria tanto...
Não tive medo, nem você...
E então, você veio em minha direção,
Em um abraçou forte o meu coração sentiu o seu...
E as pessoas ao nosso redor desapareceram,
E no mundo, nele, só havia você e eu...
E a paz... e a lágrima caindo em minha face...
E em seu abraço reconheci...
E em uma eternidade...
Entendi.

domingo, 2 de maio de 2010

Sobre Sören Kierkegaard e eu.




Se Sören fosse vivo, estaria completando 197 anos... no dia 5 de maio de 2010, mas, talvez ele esteja vivo, e com apenas 40 anos, e um ligeiro medo que cerca os 42 anos, que seria em 2012. idade a qual Sören morreu... Em 2 de outubro de 1855, Sören caiu e então ficou paralítico morrendo 40 dias depois no dia 11/11 de 1855... mas em um mesmo 2 de outubro, eu nasci, para quem sabe continuar uma caminhada interrompida por um medo de amar...

Quando eu escrevia “Detalhes” eu não entendia o que me ocorria, e então durante a terapia, (muitas sessões conto no livro), fui desvendando, retirando os véus que nos esconde de nós mesmo, e de primeiro instante foi a raiva que se destacou, a raiva pela invasão de Sören em mim, e eu o odiei por muito tempo até que conheci o perdão e o amor incondicional, aprendi a amar incondicionalmente, sua alma era visível e nítida refletida no meu espelho, seus medos, os mesmos medos que os meus, e então fui percebendo cada vez mais que não era ele me invadindo e sim eu abrindo mão do meu ser para que partes de mim se mostrasse visível, e então vi meus defeitos e minha incapacidade de amar em uma outra vida, comecei a me enxergar melhor, e cada vez mais fui me percebendo, como se eu estivesse ignorando o meu melhor, pois sempre o nosso melhor, é o presente, para permitir partes esquecidas, passadas, superadas, mas que até então, eu não tinha consciência nem das partes de mim e menos ainda da superação, e então compreendi a unificação das almas, em amor, em amor incondicional. E então, deixei de odiar Sören, e permiti a Sônia vivenciar o amor, e eu, o meu Eu superior, que é a soma de Sören com a Sônia e todas as suas outras partes que ainda desconheço, mas que fazem parte de Deus, Deus este que é puro amor. E então no espelho, a imagem que eu agora vejo, é de Sônia, de uma Sônia mais consciência, e consciente também de sua ainda inconsciência, e em esperança.

Impossível negar a emoção dessas lembranças, das visões, dos sinos na igreja, a emoção de cenas não reveladas no livro, que um dia, ainda revelarei, primeiro passo é compreender um passado ao qual condenei ser cruel, cruel um sedutor incapaz de amar, mas que por amor, não desistiu de se descobrir.

Então, “Detalhes” Diálogo com o espírito Sören Kierkegaard, eu diria uma agenda da loucura e da sanidade, o encontro do passado com o presente preparando um futuro em amor. 

A visão do funeral, ainda impossível de se lembrar sem chorar, o som dos sinos, ainda dispara meu coração, mas... compreendo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Poeticamente... sobre o tempo.


O frio endurecendo as mãos,
Que geladas se perdem entre si,
Geladas noites que o embaçado da janela
Nem permite enxergar...
E o sol se opõe em vir aquecer,
Como quem não quer se envolver,
E as escondidas se aquece,
Ignorando as flores, ignorando a vida...
Mas, contudo, um dia se verá sozinho,
Entenderá que sem a flor não há o perfume,
E sem o sol não haverá a vida,
Que vazia se congela perdida no tempo.

Sônia Vianna Landeo

O dia sem tempo


Aquela menina na esquina
Vigiando o ponto de ônibus
Não sabe da lua à distância
Nem do sol seu poder...

Todo dia, dia-dia
A menina parada no ponto
E o ônibus a esperar,
Pobre menina, o ônibus não virá!

Seu coração disparado
E o medo aumentando
E junto o cair da noite
E a menina permanece na esquina.

O que tanto ela está a esperar?
E a noite chegando para agoniar,
Pobre menina no frio da noite
Ficará a esperar?

As horas passam, vão e vão
E ninguém a contar...
Quanto tempo ainda passará
Sem ninguém a contar?

Mais um dia se foi,
E a noite voltou a dominar
O que ainda faz a pobre menina a esperar?
E o tempo, nem há o que contar...

Sônia Vianna Landeo