quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Doença da Alma





Por vezes a febre volta
E me lembro da incurável doença da minha alma,
Os calafrios, as dores,
A tensão e a desatenção.
Amaldiçôo seu viver,
Abençôo o seu viver,
Em contradição...
Nem sei o que fazer.
As vistas turvam,
O horizonte desaparece,
E a noite cai,
Em pleno dia...
E o desejo de dormir e não mais sonhar,
E se sonhar não mais acordar,
E de lá não mais voltar,
Ou não mais voltar a viver...
Pode parecer poético,
Mas nem é ético esse domínio,
Esse poder, esse amor e ódio
Que fere minha alma...
E não há remédio,
Pois nem mesmo o tempo pode curar,
Já que não há tempo nesse lugar,
A alma é ser e estar, em qualquer lugar...
Sem tempo,
Sem julgamento,
E sem entendimento,
Nem sei o que dizer...
E a alma ferida e imortal, sem cura em tortura,
Sem nem saber o que fazer,
Nem o que dizer...

Sônia Vianna Landeo