quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Bem vinda solidão



Sim, bem vinda!


É na solidão que nos damos conta de quem somos e o que estamos fazendo ou deixando de fazer, é na solidão que enxergamos e ou ocultamos de nós mesmos nossos erros, defeitos e problemas, é na solidão que também enxergamos soluções, criamos, inventamos e acreditamos, ou não... É na solidão que percebemos que não existe solidão, mas que é na solidão que conseguimos estar com nosso próprio ser, refletir, mudar acreditar ou desacreditar no ser que somos. É na solidão que acendemos as luzes das trevas e enxergamos nossos desejos mais ocultos da alma, nossos sonhos e nossos pesadelos, nossos outros seres de nós mesmos... É na solidão que enfeitamos e colorimos nosso ser, que maquiamos e limpamos nossa alma, que encantamos e desencantamos nossos quereres... É na solidão que descobrimos nossas forças e nossas fraquezas, nossos medos e nossas coragens, é na solidão que olhamos a nós mesmos, se quisermos... É na solidão que nada que ocultamos seja eterno, que nada que esqueçamos deixe de ter acontecido, que nada que abandonamos não tenha se perdido. É na solidão que caminhos surgem, que flores são semeadas, onde os aromas são portais que nos levam do paraíso ao inferno. É na solidão que enxergamos que não existe a solidão. Estar com nossa própria alma é o caminho da paz. Que paz!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Mulher de trinta



 

Ainda me lembro do medo de chegar aos 30 anos, eu imaginava a morte aos 33, como Jesus... vivia um tormento considerando ser o fim do mundo – do meu mundo – e então, chegando aos trinta, nem me dei conta... quando me dei conta, eu estava nas vésperas dos 40 anos, imaginei que viveria a crise dos 40, mas esta, nem reparei... quando dei por mim eu já estava com 43, tantas dores e complicações senti, que as crises dos 30 e a dos 40 se reuniram e vieram juntas, 43, me olhei no espelho buscando as rugas que ainda se ocultam, graças a Deus... por via das dúvidas me rendi a um dos cremes de Deus, aqueles milagrosos que evitam as rugas, vai que é de Deus mesmo... mas, refletindo, não temo as rugas, nem mesmo as dores, não! Nem a solidão, há tanto no mundo pra se fazer que nem tenho tempo de olhar pro tempo... e quando olho para o tempo eu vejo um campo aberto, a família cresceu, o neto nasceu... ok, não é neto, é só um cachorro, mas, faz de conta, era uma vez o bebê Rumpel... de Rumpelstiltskin, de pelo preto e dourado de olhinhos redondos cativante, pronto, ele é o responsável por eu estar apaixonada, apaixonada pelo meu neto cachorro.
 
Então, a crise dos 4.4 nem sei, existe?
 

Envelhecendo, eu?

 


Então, eu perdi meu pai... Está bem, não perdi, ele faleceu, e foi a primeira perda considerável da minha vida, dois anos depois meu filho se casou, por mais que tento me controlar emocionalmente, é uma perda também - não uma perda pela dona morte, mas pela dona Aline - mas, tudo bem, tenho muita alegria e esperanças quanto a isso... mas, dizer que isso significa que eu estou ficando velha? Nem pensar! Ou melhor, se pensar, verá que não estou ficando velha sozinha, de forma alguma, que atire a primeira pedra quem não estiver envelhecendo ao mesmo tempo que eu...

Anda, estou esperando que me atirem a pedra.

Ninguém né! Pois bem, é a vida... que a cada dia nos leva mais um dia de vida... ou será que a vida a cada dia nos dá mais um dia de vida? Depende do ponto de vista de cada um, é como o copo meio cheio ou meio vazio, depende do ponto de vista e da forma de encarar a vida, eu considero as duas formas, confesso! Há dias em que eu considero que a cada dia ganho mais um dia de vida, mas há dias em que eu engulo o fato de que a vida está levando de mim a cada dia, um dia... e assim, vamos envelhecendo.

Mas o que seria envelhecer?

Eu imagino a velhice de barba longa, bengala e uma casa no alto da montanha, enquanto isso não acontecer, é porque ainda sou jovem. Mas, há uma realidade incrivelmente contrária, que afirma que a velhice é o desconforto, as dores pelo corpo e pela alma, o enfrentamento de preconceitos por amigos, parentes e desconhecidos, que triste então essa velhice, ou seria tolice então encarar assim a velhice?

Eu só sei que nada sei, já dizia alguém, sei lá quem, há, isso de “desmemorização” faz parte da velhice, então...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Outono que te quero...


Sinto uma energia no ar... Energia de renovação...É o outono entrando, ele vem dizendo pra que se deixe cair e depois renascer...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Dias perfeitos...







Há momentos em que o silêncio é o melhor a dizer... e a lembrança de um sorriso mantém a perfeição do presente.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Um beijo...


E um beijo ela lhe deu quando muito perto ele chegou, ele surpreso correspondeu...

E o silêncio se estendeu até que uma pergunta se fez.

- E agora? Ele perguntou.

- Seguiremos normalmente. Ela respondeu entre outras palavras...

E então um beijo ele lhe deu.

E o beijo se estendeu até que foi interrompido pelo sorriso dos dois que loucos entenderam...

Entenderam que são felizes porque assim desejam ser, sem machucar, sem magoar, sem nem mesmo aprisionar... Sem preconceito, sem conceitos, sem intenções nem mais nem menos...

Nem mais nem menos...

Um tempo depois... Ela lhe diz:

- Você vai se esquecer...

E ela acorda