quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Não existe



Não existe o que não criado for,
Seja o que for - criado foi,
Até o que não criado,
Criado foi o não criar.
Não existe o que não existe.

Meu UniVerso



Entrelinhas, unindo palavras...
De letra em letra, a palavra.
De palavra em palavra, a frase.
De frase em frase então um verso.
Eis o verso...
Que juntos, unidos, forma a poesia.
O meu UniVerso. 

Uma questão de fé



Sobre a fé – inabalável – dizem...
Capaz de mover montanhas,
Promover milagres,
Mas qual fé tem efeito sem ação?
Juntas, a fé com a ação causa um efeito,
É o milagre se manifestando.
Se a fé move montanhas,
A ação move o universo.
Do finito ao infinito,
A ação é a energia aplicada
E em cada pensamento de fé
É direcionada a energia da ação,
E tudo pode dizer – então – ser....
Uma questão de fé!

Trechos...



Um pouco mais de sol eu era brasa.
Um pouco mais de azul – eu era além;
E o grande sonha despertado em bruma,
O grande sonha – ó dor! – quase vivido...

                       *******

Não sou amigo de ninguém. Pra o ser
– Forçoso me era antes possuir
Quem eu estimasse – ou homem ou mulher,
E não logro nunca possuir. 

Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Estranhamento



Que estranho...
Não sou mais como eu era,
Nem nunca fui, quem dera...
Que estranho...

Que estranho...
Não sou mais quem antes eu era,
Nem antes em outra Era...
Que estranho...

Que estranho...
Não sou mais quem eu nem era,
Nem nunca, antes, quimera...
Que estranho...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Detalhes


Detalhes

Por um longo período, fiz da reflexão de todos os males que pensei ter me acontecido em toda minha vida, procurei em cada injustiça encontrar um detalhe que a transformasse em bem, por mais obscuro que pudesse estar, não foi fácil, angustiante me lembrar de coisas que eu procurava esquecer, revi e senti mágoas, pequenos ferimentos já fechados e até alguns tormentos, e em todos, consegui ver um outro lado, consegui encontrar algumas causas e também benefícios seguidos pela reflexão inconsciente do mal acontecido, certamente é uma nova visão de minha própria vida, certamente é uma oportunidade de olhar à própria vida como juiz, e o efeito foi me sentir como um pássaro voando, livre e seguindo em frente, sempre... Livre das injustiças e seguindo em frente, consciente dos efeitos em minha alma...

domingo, 20 de novembro de 2011

Oculto



O toque das mãos,
As palavras do olhar,
Um desejo...
Que o silêncio oculta.

Tocando em suas mãos,
Não neguei em olhar,
Em desejo...
Que um amor oculta. 

sábado, 19 de novembro de 2011

Hoje? Um espelho...



Somos hoje o reflexo das nossas atitudes e pensamentos, sentimentos e ressentimentos...
Somos o que fazemos de nós, ou vítimas ou culpados...
Somos o que quisemos ser, se felizes ou se tristes...
Somos o que permitimos ser, se condenados ou absolvidos...
Somos o que fazemos de nós, amor ou ódio...
Somos o que emitimos de nós mesmo, se raiva ou compreensão...
Somos o que sonhamos ser, o que planejamos ou o que nem pensamos...
Somos o que adoramos ser, o que atraímos... O que buscamos...
Somos o que podemos ser, se nos limitamos, nos aprisionamos ou nos libertamos...
Somos o que nem pensamos ser, se não planejamos, sonhamos ou buscamos...
Somos o que fazemos de nós, por nós...
Somos o que criamos ser, o que moldamos, largamos, encontramos...
Somos o que somamos de nós, de sonhos e anseios...
Somos o que diminuímos de nós, correntes e medos...
Somos o que somos sendo, reflexo de nós mesmos...
Somos o reflexo do espelho, hoje!
Somos...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Juan de la Cruz



"Para vir a gostar de tudo,
Não queiras ter gosto em nada.
Para vir a saber tudo,
Não queiras saber algo em nada.
Para vir a possuir tudo,
Não queiras possuir algo em nada."

Juan de la Cruz

Mundos



Uma noiva em direção ao altar, o noivo a esperar... Eis que surge um portal 11:11 no ar, a noiva segue em sua direção, cai em um outro lugar ainda vestida de noiva e ela segue até um portão conhecido e é impedida por uma mulher que depois de ouvir seus argumentos silenciosos, apenas interpretando o que via, uma noiva, linda, então a deixa entrar, a noiva se depara com um outro homem que argumenta sua decisão, 2012 era o ano, “A decisão foi tomada.”, diz a noiva, o homem argumenta sua escolha, e ela diz que decidiu por amor, alega não ter mais carmas, se justifica está sendo bem cuidada, diz que sente o amor verdadeiro... O homem parece sofrer, chora com a alma e a beija; retribuindo ao beijo a noiva diz que é provável que eles fiquem juntos, em alguma outra parte do universo, ele sorri e diz que sim, esperança é o brilho em seu rosto, um abraço forte e molhado de lágrimas, juntos, ele a acompanha pelo portal até a porta da igreja, o padre observa o surgimento da noiva acompanhada de outro homem com rosto de tristeza, lágrima escorrendo pela face e se recusa a celebrar o casamento, a noiva diz ao padre que não precisa que ele aprove suas atitudes, diz que estão apenas renovando os votos, pois já são casados faz 25 anos, o padre não entende, e o noivo então recebe a mão da noiva desse outro homem e agradece. O homem volta pelo portal ao seu tempo, ao seu lugar, ao seu espaço, e os noivos então comemoram sua escolha de matrimônio... No outro mundo, o homem chora, porém continua com seu trabalho doando todo seu amor incondicional as almas que o procuram... 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Noturno à janela do apartamento



Noturno à janela do apartamento

Silencioso cubo de treva:
um salto, e seria a morte.
Mas é apenas, sob o vento,
a integração da noite.

Nenhum pensamento de infância
nem saudade nem vão propósito
Somente a contemplação
de um mundo enorme e parado.

A soma da vida é nula
Mas a vida tem tal poder:
na escuridão absoluta,
como líquido, circula.

Suicídio, riqueza, ciência...
A alma severa se interroga
e logo se cala. E não sabe
se é noite, mar ou distância.


Triste farol da ilha Rasa.

Carlos Drummond de Andrade

Foto de arquivo particular de Sônia Vianna Landeo, para reprodução, favor solicitar pelo comentário com nome e e-mail.

sábado, 12 de novembro de 2011

CARTAS DE CRISTO A Consciência Crística Manifestada

Clique na imagem para ser levado ao site oficial do livro e ler a meditação e muito mais informação.

Quantas pessoas já se perguntaram quem Jesus realmente era e o que ele ensinava? Qual é a verdadeira natureza de Deus? Qual o propósito da vida? Como viver uma vida digna? Estas Cartas vieram para trazer iluminação ao mundo e capacitar a humanidade a construir uma nova consciência durante os próximos 2000 anos. Elas são a semente da futura evolução espiritual da humanidade. 

“As Cartas de Cristo” são um material para contínuo estudo e reflexão. Adquira a edição especial em capa dura, com marcador e páginas para anotações pessoais. 
(Eu, Sônia Vianna Landeo, me transformei ao ler essas cartas durante o processo de tradução, impossível não absorver um pouco da mensagem aqui deixada, e agora, na nova leitura que me encontro, ainda mais transformação. Cartas de Cristo vem pra nos libertar, nos ensinar a sermos realmente quem somos, assumindo assim nossa verdadeira identidade e a criando conforme o real desejo. Sou imensamente grata por ter participado desse trabalho que sinto ainda ser apenas um começo. Que assim seja!)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O fim!



QUER queiram ou não 2011 é o ano do despertar, da faxina mental-emocional, física e espiritual, o que for amor prevalecerá, o que for mentira ou envolvido por alguma inveja, orgulho ganância ou medo... desaparecerá abrindo caminho para uma nova consciência que está chegando em 2012... Haverá os que enfrentarão os fins como o fim do mundo, mas, haverá os que enfrentarão os fins como um novo começo.

Não há mais espaço para o que não é real, a ilusão enfim acaba... Só há espaço pra um recomeço na verdade, no amor, respeitando ao próximo e a si mesmo...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

As revistas



Final de inverno, 6 graus registrava o termômetro de rua e na parede da biblioteca de um mosteiro indicava 16 graus promovendo certo conforto possibilitando deixar os músculos relaxarem.
Momentos tensos durante a excursão onde a guia falava em alemão, e uma mulher prestava atenção como quem tenta ler as emoções, já que não sabia alemão, observava as mesas da biblioteca, mesas recém abandonadas, como se os que estavam ali presentes não quisessem ser vistos pelos visitantes da excursão. E ela tentando entender o alemão observa duas revistas deixadas pra trás em cima de uma das mesas...
-Revistas de atualidades... (ela fala baixinho como quem pensa alto)

-Quem será que vivendo dentro de um mosteiro se interessaria por revistas de atualidades? O que interessaria o que acontece lá fora aos que vivem aqui dentro? (Ela se questiona olhando a segunda revista.

-História e cinema! (Ela se surpreende)

-Quem será esse homem? E eu que imaginava que em um mosteiro os homens só cuidavam do jardim, plantavam, colhiam e oravam... Jamais poderia imaginar alguém interessado em revistas de atualidades e muito menos cinema, o que será que ele faz? Eu até entendo que seja alguém interessado no mundo, mas agora, vendo que seu interesse foi despertado pela manchete de um filme de herói, “Os três mosqueteiros” será que ele se imaginava alguém assim, um herói?  Será que ele vive um conflito interior? Será que é feliz? Queria ver seu rosto... Por que vive em um mosteiro?

A guia da excursão a chama para seguirem em frente e conhecer as outras salas do mosteiro, até que são surpreendidos com o som de um tiro, o silêncio e o medo paralisou a todos ainda dentro da biblioteca até que ela segue certa de que o tiro tinha algo em relação ao homem das revistas, ela sabia, e correu de encontro à direção do som do tiro e se depara com um jovem caído no final da escada com uma arma caída ao seu lado. 

Ela se ajoelha ao seu lado e se desculpa.

-Desculpa, eu sei que é você, eu me atrasei, deveria ter vindo antes...

Um homem se aproxima e grita: 

-D'Artagnan!