quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Trechos...



Um pouco mais de sol eu era brasa.
Um pouco mais de azul – eu era além;
E o grande sonha despertado em bruma,
O grande sonha – ó dor! – quase vivido...

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Não sou amigo de ninguém. Pra o ser
– Forçoso me era antes possuir
Quem eu estimasse – ou homem ou mulher,
E não logro nunca possuir. 

Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro

Um comentário:

Marinez Gentil Frada disse...

Sá Carneiro e sua Dispersão. Mas ele criou e quem cria não é louco. Para se criar é necessário ter um centro em sua personalidade. O poeta percebia isso e criava. Criava belos poemas que todos somos capazes entender. Comunicou-se com outro. É a arte a salvar o homem da loucura.....