domingo, 16 de maio de 2010

Em uma poesia minha...


Eu posso falar de amor
E de desamor...
Eu posso ir além dos meus sonhos
E dos meus planos...
Eu posso dizer o que quero
E o que nem quero...
Eu posso voar
E cair...
Eu posso saltar
E me deitar no chão...
Eu posso sorrir
E chorar...
Eu posso imaginar
E me guiar...
Eu posso dizer que te amo
E que não te amo...
Eu posso desejar
E nem realizar...
Eu posso roubar
E até matar...
Eu posso o que eu quiser
E até o que eu não quiser...
Em uma poesia minha...
Eu posso ir
E vir...
Eu posso nem mais sorrir
Ou morrer de rir...
Eu posso comer do veneno
E nem morrer...
Eu posso beijar
E envenenar...
Eu posso amar
Quem nem me ama...
E posso ser desprezada
Por quem me ama...
Em uma poesia minha... 

Se eu morresse hoje




Eu levaria comigo as melhores lembranças
Eu levaria a lembrança dos meus melhores momentos
E até dos meus tormentos...
Eu lembraria o aperto de mão
Que forte me tocou a alma e com um simples sorriso
Me disse mais do que precisava dizer...
Eu lembraria um abraço
Que me confortou a alma
E com um olhar em lágrimas
Me disse mais do que precisava saber...
Eu lembraria um beijo
Que me envolveu num enlaço
E me tomou em seus braços...
Eu lembraria os meus medos
E dos meus tormentos
Que em luz deixei de viver...
Eu lembraria os meus sonhos
E dos caminhos de realização
E compreensão...
Eu lembraria que a vida conduz a morte
E que a morte não existe
E estaria em um estado ainda mais elevado
Se eu morresse hoje...
  

sábado, 15 de maio de 2010

A noite




E o frio embaçando a vidraça da janela
E eu não consigo ver você
A cidade desaparece
E se esconde no frio da noite
E o vento se calou
E o sereno caindo,
Encobrindo todo meu mundo
E o meu medo
Sem você...
E o vento se calou
Você não vem...
E o frio invadindo minha alma
E o sangue parece gelar
Deixando o coração se calar
E a alma a chorar...
Sem você!
E a noite que sempre vem
E a noite que sempre vai
E o frio gelando
E você... que a noite não traz
E a noite que sempre vem...
E a noite que sempre vai

A chave



Fecho a porta da minha alma
Protegendo o meu coração
E nenhuma dor nem rancor
Conseguirão me alcançar
Não se entra e nem eu saio
Não saio de mim nem mesmo pra me ver,
Pra me olhar de fora,
Pelo o seu olhar, não!
Nem me importo se eu ficar sem ar
E nem conseguir mais respirar, não!
Fecho a porta, e não abro mais.
E a chave é um segredo
E nem você nem ninguém conseguirá alcançar
Fecho a porta e assim a minha alma protejo
E eu me escondo, me escondo em mim, de mim...
E nenhuma dor, nenhum rancor vai me afetar.
Se eu me sufocar, sem ar, sem ar...
A quem importar se o fim da minha dor
A minha alma só com amor tem como alcançar... e entrar...
Fecho a porta, fecho a porta...
E nem consegui mais respirar, não!
Fecho a porta, fecho a porta...
Não saio de mim nem mesmo pra me ver,
Pra me olhar de fora, pelo seu olhar, não!
Nem me importo se eu ficar sem ar
E nem conseguir mais respirar, não!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E todo medo


E todo medo
Em desespero, o choro calado,
Fecho os olhos e me vejo em seus braços.
E todo medo...
O medo e o desespero
Nos seus braços desapareceu...
E o seu abraço
Que me envolveu em seu cheiro
E o meu desejo
Você entendeu
E toda dor e o sofrimento
Em seus braços eu me esqueci...
E me esqueci do medo
E todo desamor
No seu abraço você me envolveu
E todo medo e desespero
No seu abraço...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Paixão em segredo




Paixão em segredo
Ouvir sua voz, me fez disparar meu coração,
E minhas mãos geladas eu tentei esconder...
Saudade do teu cheiro, do teu calor e do teu abraço
E o seu beijo eu não sei,
Mas é o meu desejo, meu desejo, meu desejo...
E o seu silêncio que me enlouquece,
Eu não entendo o seu desejo, seu desejo, seu desejo...
O seu olhar é o meu segredo
E nele me vejo em seus beijos, seus beijos, seus beijos...
E aquele abraço apertado que você me deu,
Acalentado, que meu choro você percebeu,
É o meu desejo, e o seu desejo, em desejo...
E o seu beijo, eu não sei,
Mas é o meu desejo, meu desejo, meu desejo,
E o sei silencio que me enlouquece,
Eu não entendo o seu desejo, seu desejo, seu desejo...
E nesse impasse eu me desfaço,
No descaso dos teus passos,
Que nos meus sonhos livre anda pelas ruas de Paris, Paris, Paris...
E no abraço, no enlaço, você me dá as mãos,
É o meu desejo, seu desejo em desejo... 



(Letra Sônia Vianna Landeo)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um abraço e um choro


Um abraço e um choro

Em uma roda, em luz...
Um sentimento de paz predominando,
E meu olhar cruzou ao seu
E seu olhar, bem dentro do meu
Parecia me dizer mais do que podia
Mas, que queria tanto...
Não tive medo, nem você...
E então, você veio em minha direção,
Em um abraçou forte o meu coração sentiu o seu...
E as pessoas ao nosso redor desapareceram,
E no mundo, nele, só havia você e eu...
E a paz... e a lágrima caindo em minha face...
E em seu abraço reconheci...
E em uma eternidade...
Entendi.

domingo, 2 de maio de 2010

Sobre Sören Kierkegaard e eu.




Se Sören fosse vivo, estaria completando 197 anos... no dia 5 de maio de 2010, mas, talvez ele esteja vivo, e com apenas 40 anos, e um ligeiro medo que cerca os 42 anos, que seria em 2012. idade a qual Sören morreu... Em 2 de outubro de 1855, Sören caiu e então ficou paralítico morrendo 40 dias depois no dia 11/11 de 1855... mas em um mesmo 2 de outubro, eu nasci, para quem sabe continuar uma caminhada interrompida por um medo de amar...

Quando eu escrevia “Detalhes” eu não entendia o que me ocorria, e então durante a terapia, (muitas sessões conto no livro), fui desvendando, retirando os véus que nos esconde de nós mesmo, e de primeiro instante foi a raiva que se destacou, a raiva pela invasão de Sören em mim, e eu o odiei por muito tempo até que conheci o perdão e o amor incondicional, aprendi a amar incondicionalmente, sua alma era visível e nítida refletida no meu espelho, seus medos, os mesmos medos que os meus, e então fui percebendo cada vez mais que não era ele me invadindo e sim eu abrindo mão do meu ser para que partes de mim se mostrasse visível, e então vi meus defeitos e minha incapacidade de amar em uma outra vida, comecei a me enxergar melhor, e cada vez mais fui me percebendo, como se eu estivesse ignorando o meu melhor, pois sempre o nosso melhor, é o presente, para permitir partes esquecidas, passadas, superadas, mas que até então, eu não tinha consciência nem das partes de mim e menos ainda da superação, e então compreendi a unificação das almas, em amor, em amor incondicional. E então, deixei de odiar Sören, e permiti a Sônia vivenciar o amor, e eu, o meu Eu superior, que é a soma de Sören com a Sônia e todas as suas outras partes que ainda desconheço, mas que fazem parte de Deus, Deus este que é puro amor. E então no espelho, a imagem que eu agora vejo, é de Sônia, de uma Sônia mais consciência, e consciente também de sua ainda inconsciência, e em esperança.

Impossível negar a emoção dessas lembranças, das visões, dos sinos na igreja, a emoção de cenas não reveladas no livro, que um dia, ainda revelarei, primeiro passo é compreender um passado ao qual condenei ser cruel, cruel um sedutor incapaz de amar, mas que por amor, não desistiu de se descobrir.

Então, “Detalhes” Diálogo com o espírito Sören Kierkegaard, eu diria uma agenda da loucura e da sanidade, o encontro do passado com o presente preparando um futuro em amor. 

A visão do funeral, ainda impossível de se lembrar sem chorar, o som dos sinos, ainda dispara meu coração, mas... compreendo.