sexta-feira, 25 de abril de 2008

SEDE










Sede

Mate sua sede,
abasteça seus potes,
salve sua caravana,
proteja-te das tempestades de areia
e não entre no avião...
O destino é a estátua que dá liberdade,
sem alma e sem passaporte,
nem fotos, nem dólares,
apenas um kibe,
se apoie na maca,
se proste diante ao presidente,
desunindo os estados – América?
Habibi, ou prefira um feijão com arroz
bife com fritas,
é permitido ao menos coca cola?
pague em diners,
o avião destinou-se ao dolar,
em queda livre,
há saudações, choro e orações,
diante da caravana sem pegadas no deserto
decorado pelas ondas do vento,
canções e assobios,
e a boca seca em delírio na noite fria,
salvo está teu cobertor de estrelas reluzindo o tempo,
sem tempo,
imposto pelo sabor das águas claras
um sonho,
acorde!
O sol bate forte em suas vistas,
desvendando seus planos.
Reabasteça seus potes,
caminhe em direção ao púlpito,
o comício terminou,
lance um míssel na urna do estado a se unir,
seu voto?
Ao pé da balança o pó,
a areia do deserto
abandonando a casa branca
de alma negra,
sem moradores,
ou moradores sem alma.
Oficiais,
mártires em nome da paz,
de Deus,
o fim do mundo
entre piratas,
desumanos, humanos,
muçulmanos x piratas,
no cinema, ou na tv,
ou em você!
Mate sua sede!

Sônia Vianna Landeo

sexta-feira, 11 de abril de 2008

VÊNUS



VÊNUS ...

Pense “VIDA”
enquanto tiver vida.

Pode parecer filosofia,
pode parecer poesia
ou mesmo mitologia,
pois é,
a origem do universo pode ser explicada de diversas maneiras,
pode ser explicada por astrônomos, arqueólogos, historiadores,
mas no passado distante,
antes de qualquer ciência,
no início do mundo e da sociedade foi explicado por mitologia,
tudo bem, pode ser tudo mito, relatos,
acontecimentos imaginários dos primeiros tempos,
mas ninguém tem como determinar nada de verdadeiro,
nada de real, em tudo existe a fantasia,
em tudo existe a imaginação,
e mais uma vez a fantasia se funde com a realidade
como em tudo na vida,
e mais uma vez eu disse vida,
estamos o tempo todo falando de vida,
estamos o tempo todo na fusão da fantasia com a realidade,
e já nem sabemos mais quando estamos na fantasia
ou na realidade
é como o bem e o mal, nunca sabemos,
mas há quem diga: Eu sei!
Mas na verdade não sabe,
pois se soubesse estaria se despedindo ou fora dessa vida,
em outra vida, vida só da alma, pois nunca se sabe da verdade,
nunca se sabe da fantasia,
nunca se sabe do bem,
nunca se sabe do mal.
Ilusório o ser sábio,
ilusório o ser conquistador da verdade,
ilusório o ser humano,
o ser bom e o ser mal,
ilusório o ser capaz de julgar se somos bem ou mal,
quando julgamos, se formos o mal julgaremos mal,
e se formos o bem julgaremos bem
e como julgarmos se somos o bem e o mal?
Somos dois opostos, positivo e negativo,
como tudo na Terra,
a luz o escuro,
a água e a seca,
o frio e o quente,
o dia e a noite,
o bem e o mal.
Como poderia julgar o dia e a noite?
São opostos, julgaria o dia bem e a noite mal?
Ou julgaria o dia mal e a noite bem?
O bem e o mal se completam por mais estranho possa parecer,
são essenciais, um dá sentido ao outro,
um não precisaria existir se não fosse o outro,
assim é o bem e o mal,
essencial um para o outro...

Sônia Vianna Landeo

domingo, 6 de abril de 2008

Alquimia da Ilusão


Alquimia da Ilusão

Transformar o mau em bem,
Transformar o ódio em amor,
Transformar o desprezo em zelo,
Transformar o choro em riso,
Transformar a dor em flor,
Transformar a solidão em abraço,
Transformar o abraço em beijo,
Transformar você em mim
Em um só ser na alma e no corpo.

Sônia Vianna Landeo

Loucura



Certamente, algo estava acontecendo, a loucura?


A figura, o corpo, a imagem se libertava na morte, assim como a loucura liberta certamente, estar louco conforta, nos liberta da ordem, da obediência, da conveniência, de nós mesmos, a loucura encanta, fascina, a loucura me encanta, no seu estado mais verdadeiro de ser, decerto a loucura é o encontro com a própria verdade, com a própria realidade, a realidade que se acredita, essa é a loucura, ser o que se crê, é ser o que se deseja mesmo que seja mentira, se crê e basta essa é a liberdade da mente, não se oprimir, não se restringir e sim se expandir até onde se deseja enquanto se desejar, exótico, erótico, infantil até cruel, ser tudo, todos a qualquer momento e na imaginação de si mesmo sorrir e chorar sem justificar, ser louco é ser livre no universo moral, ético, no universo real e da fé.

Sônia Vianna Landeo


Trecho do livro que virou introdução de um show do grupo musical Libertas Mória do Distrito Federal, ouça no Palco MP3: http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/libertasmoriasite/



Sol, o ciclo da vida

Sol, o ciclo da vida

Sempre que olhar o sol se por,
lembre-se que ele voltará, sempre!
O Sol é a certeza de que há esperança,
O Sol é a certeza de que há harmonia,
O Sol é a certeza de que há despedida,
O Sol é a certeza de que há volta,
O Sol é a certeza de que há choro,
O Sol é a certeza de que há sorriso,
O Sol é a certeza de que há olhar brilhante,
O Sol é a certeza de que há olhar de lágrimas,
O Sol é a certeza de que há sonhos,
O Sol é a certeza de que há desilusões,
O Sol é a certeza de que há vida,
O Sol é a certeza de que há fim,
O Sol é a certeza de que há esperança...
O Sol é a certeza do ciclo da vida.

Sônia Vianna Landeo

Detalhes de "Detalhes"


Sören Kierkegaard viveu apenas 42 anos



Sören entrou em minha vida lentamente e muito demorei a aceita-lo e a entende-lo e, no entanto ele me compreende e me conforta em um momento de grande conturbação e transformação em minha vida que resultou na mudança da cidade do Rio de Janeiro para Curitiba. Sören em seu desespero, e muitas vezes demasiado orgulho, consegue, mesmo que possa parecer uma maneira inadequada, me passar sentimentos de paz, fé e amor em Deus, e essa fé é a que me fez ter forças e organizar alguns textos escritos na maior solidão, solidão esta que o fez se apresentar e me acompanhar como prova de um amor incondicional, e agradeço a Deus por me permitir viver o que posso dizer uma experiência divina.

À noite

Observar e ser observado... Parece irônico, e é até descobrir que se pode observar a si mesmo, e me pego sorrindo ao me ver te admirando, ao me ver te olhando no espelho, desejas me ver, desejas ver sua própria alma, chega a me ver em seus próprios olhos, somos um único ser, no amor...Assusto-me com seu pensamento, sua estética me perturba, sabe me fazer esquecer o presente me fazendo pensar no passado como se não houvesse o futuro e menos ainda a eternidade, como se só a mente importasse, me faz admirar sua astúcia, me fazendo desejar decifra-lo, e o efeito? Depende de como vejo você, de como julgo você, com amor ou com ódio?
E isso é perfeito, certamente concorda com meu pensamento, meu pensamento? Funde nossos pensamentos, nossas almas... Mas, ao nosso redor, é demasiada a interferência, precisamos harmonizar as intenções. Elevados pensamentos, o coração inquieto, o pensamento inquieto – tortuoso, infiel e indecifrável – um sopro de paz lentamente... Amor, ódio, limites.