sábado, 7 de junho de 2008

Detalhes, Diálogo com o espírito Sören Kierkegaard



Detalhes
Diálogo com o espírito Sören Kierkegaard

“A nossa mente é como um oceano, pouco explorado, pouco navegado na sua imensidão...” e é explorando sua mente que a autora revela detalhes de sua terapia de regressão a vidas passadas.
Em detalhes sonhos, visões e projeções, de forma subjetiva que leva ao leitor a vivenciar suas experiências resultando em uma reflexão profunda do existir, do ser interiormente, desvendando o passado e revelando como e porque agimos no aqui e agora, resgatando e ampliando ainda mais a compreensão de amor incondicional em um diálogo com o espírito de um teólogo e filósofo dinamarquês do século XIX, e desse diálogo se extrai que a verdade é subjetiva e que o realmente importante, é a verdade pessoal, o ser, o existir e o experimentar verdadeiramente sua existência, um diálogo em que ele conclui “Você não vai encontrar a verdade, você vai se tornar a verdade... a verdade é ser e não estar...”.

Sônia Vianna Landeo

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um pequeno trecho... XXX


Eu costumo dizer que há dois caminhos que nos levam direto a Deus, a dor ou o amor, ou mesmo ambos, a dor do amor e por mais que se revolte, é a Deus que nos dirigimos com nossos apelos e desesperos, e mesmo aquele mais descrente, se revela submisso a Deus confiante na esperança do alívio de seus tormentos, é a Deus que dirigimos nossas súplicas e é em Deus que absolvemos aos nossos pecados pelo perdão, e assim compreendemos a fé, e com Agostinho e com sua “Amante” seguiu-se neste mesmo caminho, porém cada um em caminhos diferentes, e até aparentemente opostos, porém paralelos e Deus seria o alívio de seus medos e tormentos.


“Louvor e gloria a ti, ó fonte das misericórdias!”
(Agostinho, Confissões, livro sexto, capítulo XV – Pág. 138)



E cada vez mais se sentindo indigno, miserável, porém capaz de sentir uma mudança em seu íntimo, como se fosse arrancado (pela mensageira de Deus a que ele se refere como destra) do lodo dos vícios para se purificar. E mesmo já percebendo essa luz de purificação, mesmo assim não se sentia capaz de sair do seu abismo de prazeres carnais e culpas. Em seu íntimo a infinita luta entre o bem e o mal.


“Ó caminhos tortuosos! Ai da alma temente que se afastando de ti, espera achar algo melhor! Dá voltas e mais voltas, para todos os lados, mas tudo lhe é duro, porque só Tu és seu descanso.”
(Agostinho, Confissões, livro sexto, capítulo XVI – Pág. 139)



Sônia Vianna Landeo

domingo, 1 de junho de 2008

SOBRE A DOR




Sobre a dor



Quando eu era pequena e sentia dores nas pernas e por vezes nos braços, minha mãe dizia feliz:

- Parabéns! Você está crescendo!

E conversávamos a respeito dessa dor. Ela justificava que eram os ossos crescendo e isso doía, era normal. Bom, não tenho mesmo como negar, as dores são normais; são efeitos de alguma causa, e mesmo sendo efeitos, são causas também, ou melhor, até mesmo os efeitos são causas para outros efeitos. E assim vamos - como dizia a minha mãe - crescendo.

O efeito de uma dor sempre é o crescimento, porém não necessariamente dos ossos; afinal, não somos apenas matéria.


O que quero dizer com essa historinha de criança é que não há dor sem crescimento, e o mesmo acontece com o espírito. As dores emocionais sempre nos fazem crescer espiritualmente, mesmo que com ela não consigamos enxergar o crescimento. Mas isso também não significa que devemos sair por aí batendo com a cabeça só para sentirmos dor, não! Refiro-me à dor natural, efeito de uma causa que justifique a dor, como uma perda, uma separação, uma reparação... Sim! reparação: por vezes sentimos dor ao repararmos um erro - dor do ego, orgulho, o que for e o efeito será certamente o crescimento. E podemos inclusive dizer também o renascimento, o nascimento, como na dor do parto, por exemplo. Quais os efeitos da dor do parto? Inúmeros, tantos e o principal talvez seja o nascimento de outro ser em crescimento; além do renascimento de um ser - a mãe - que renasce de mulher como mãe, um novo ser espiritualmente, e sem dúvida, ambos em crescimento.

Sônia Vianna Landeo



DO ALTO DOS MONTES






Do alto dos montes


Oh! Meio dia da vida! Época solene!
Oh! jardim de estio!
Beatitude inquieta
da ansiedade na espera:
espero meus amigos,
noite e dia,
onde estais, amigos meus?
Vinde! É tempo, é tempo!


Nã0 é por vós que o gelo cinzento
hoje se adorna com rosas?
A vós procura o rio,
Suspensos nos céus ventos e nuvens se alevantam
para observar vossa chegada
competindo com o mais sublime vôo dos pássaros.


No meu santuário coloquei a mesa:
Quem vive mais próximo das estrelas
e das horríveis profundezas do abismo?
Que reino mais extenso que o meu?
E do mel, daquele que é meu, que sentiu seu fino aroma?


Aqui estais, finalmente, meus amigos!
Ai! não é a mim que procurais?
Hesitais, mostrais surpresa?
Insultai-me é melhor! Eu não sou mais eu?
Mudei de mão, de rosto, de andar?
O que eu era, amigos, acaso não mais sou?


Tornei-me, talvez, outro?
Estranho a mim mesmo? De mim mesmo, fugido?
Lutador que muitas vezes venceu a si mesmo?
Que muitas vezes lutou contra a própria força,
ferido, paralisado pelas vitórias contra si mesmo?


Porventura não procurei os mais ásperos ventos
e aprendi a viver onde ninguém habita,
nos desertos onde impera o urso polar?
Não esqueci a Deus e ao homem, blasfêmias e orações?
Tornei-me um fantasma das geleiras.


Oh! meus velhos amigos, vossos rostos
empalidecem de imediato,
transtornados de ternura e espanto!
Andai, sem rancor! Não podeis demorar aqui!
Não é para vós este pais de geleiras e rochas!
Aqui é preciso ser caçador e antílope!


Converti-me em caçador cruel.
Vede meu arco: a tensão de sua corda!
Apenas o mais forte poderá arremessar tal dardo.
Mas não há nenhuma seta mortal como esta.
Afastai-vos, se tendes amor à vossa vida!


Fugis de mim!? Oh, coração, quanto sofreste!
E entretanto, tua esperança ainda se mantém firme!
Abre tuas portas a novos amigos,
renuncia aos antigos e às lembranças!
Fostes jovem? - Pois agora és mais e com mais brio.


Quem pode decifrar os signos apagados,
do laço que une com ua mesma esperança?
Signos que em outros tempos escreveu o amor,
que luzem como velho pergaminho queimado
que se teme tocar, como ele. Queimado e enegrecido!


Basta de amigos! Como chamá-los?
Fantasmas de amigos! Que de noite,
tentam ainda meu coração e minha janela
e me olham sussurrando:
Somos nós!
Oh! Ressequidas palavras, um dia fragrantes como rosas!


Sonhos juvenis tão cheios de ilusão,
aos quais buscava no impulso de minhalma,
agora os vejo envelhecidos!
Apenas os que sabem mudar são os de minha linhagem.


Oh! Meio dia da vida! Oh! segunda juventude!
Oh! jardim de estio!
Beatitude inquieta na ansiedade da espera!
Os amigos esperam, dia e noite, os novos amigos.
Vinde! É tempo! É tempo!


O hino antigo cessou de soar,
O doce grito do desejo expira em meus lábios.
Na hora fatídica apareceu um encantador,
o amigo do pleno meio-dia.
Não, não me pergunteis quem é;
ao meio-dia, o que era um,
dividiu-se em dois.


Celebremos, seguros de ua mesma vitória,
a festa das festas!
Zaratustra está alai, o amigo,
o hóspede dos hóspedes!
O mundo ri, o odioso véu cai,
E eis que a luz se casa Com a misteriosa,
subjugadora Noite.

Friedrich Nietzsche

A UM AUSENTE



A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudades,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral,
a comum aquiescência de viver
e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderia ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação,
o ato em si, o ato que não ousamos
nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos,
nem isso,
voz modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te
porque fizeste o não previsto nas leis da amizade
e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito
de indagar porque o fizeste,
porque te foste.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Escrever poeticamente

Escrever poeticamente...

E o que é morrer?
É deixar o corpo, ser livre, voar,
É poder estar, poder sentir,
É viver, é seguir,
Ter o coração como guia,
Deus como amigo
E o que mais importa?
A verdade importa,
Qual minha condição agora?
O que eu devo fazer?
Não há fundamento,
Apenas o amor,
Envergonho-me por amar,
Amar é tolo, é fraco,
Se covarde, foi por proteger,
Se ousado, foi pra encorajar,
Viver só, estar com Deus, ter fé e amar,
Não permitir a hipocrisia,
Não permitir a dor da perda da felicidade,
Não saberia ser feliz,
Não seria grato o bastante,
Não seria digno, merecedor,
Não seria justo sofrer por amor
E, no entanto, sofro,
Sofro sem saber da felicidade,
Sofro por julgar-me e julgo sem perceber,
Vivo o efeito de meus atos,
Vivo as conseqüências de minha enlouqüência,
Vivo minha condição
Ou não vivo nada?


A morte

O cerimonial fúnebre
O enterro do corpo
O cemitério
É como uma fábrica de alimentos,
Empacotamento,
Em um caixão colocamos o corpo,
Organizado, disciplinado,
Como se importasse,
Como se fizesse diferença
Mas, ao enterrar, no fundo
Estamos entregando o corpo
Aos nossos próprios germes,
As nossas próprias pragas
E nos deterioramos pouco a pouco,
Mas não ocupamos que
Transforma em alimento,
É natural,
Assim como é natural a nossa alma
E por que importa o corpo?
Entenda a alma,
Sinta a alma,
É possível, veja seu próprio “eu”
Sem medo,
Seja ousada,
Se tomada por louca?
Saberá que louca é a consciência
De si própria.
Ouse!

Não importa o que os filósofos dizem,
Eles mentem!
Não importa os que os poetas dizem,
Eles mentem!
A ninguém nada importa
A não ser a si mesmo
E não importam em que condições estão,
Se vivos?
De vida, de corpo, de alma, espírito...
Espírito?

Um desespero,
Não tão humano,
Um desespero sem fim,
Uma angústia sem fim,
E até quando?
Se a desejo eternamente,
Se desejo amar eternamente,
Assim deveria ser para todos que amam,
Se amar realmente, é para sempre,
Se me dói, é a condição de amar,
Se me faz sofrer, é o amor das almas,
Se me dói, se me faz sofrer, por que amar?
Por que não deixar de amar?
Por que não sei viver, nem morrer?
Uma visão diferente

É como olhar do alto
Ver o mundo com outra alma
Sentir com outro coração
Pensar com outra mente
Escrever com outra mão
Uma caneta diferente
Um papel diferente
Por um instante me confundo
Não sei de mim
Não sei o ser que se manifesta em mim
Sou corpo, sou alma,
Sou sentimento e pensamento
Sou espírito e vivo
Em busca de uma razão
De uma verdade que justifique
Ousadia?
Pode parecerOrgulho?
Pode ser
Mas se amo, amo pra sempre
E pra sempre vou te amar.

Sônia Vianna Landeo

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Naturalmente

Com um pouco de água,
Um pouco de sol,
Um pouco de atenção,
Eis que depois da luz do luar...

Um morango, naturalmente...

Sônia Vianna Landeo

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Imagem, espelho...

Imagem, espelho...

Diante do espelho, eu me vejo em paz, rosto suave, um leve sorriso, intenção de seduzir?
Certamente é sua intenção, seduzir-me mostrando a mim mesmo em paz, mostrando minha imagem em paz...
Às vezes o sinto ao me olhar no espelho, o vejo em meu olhar, o que seria essa sensação? Seria sua imagem ou seus sentimentos em mim?
Não mais me importo em saber o que me acontece de fato, já o entendo, aceito como meu destino, acredito que estamos encontrando uma harmonia, estamos cada vez mais em paz, talvez estejamos encontrando juntos o nosso caminho, o caminho da paz, e, no entanto, percebo minha lucidez retornando, o percebo como luz, quando me vejo lúcida, o vejo iluminado, como se cada um de nós estivesse nos encontrando, cada um em sua condição, cada um em seu caminho de luz.Precisamos dessa condição diferente para um futuro, e o benefício?
A fé e o amor que desenvolvi é algo que jamais alguém conseguiu me mostrar como me mostra com tanta intensidade, entender a liberdade, não sei nada de ninguém, respeitar, liberdade não é estar livre de algo ou alguém, liberdade é ser e fazer conforme suas próprias vontades, seus desejos, justos e dignos, digo justos e dignos para não ficar preso na consciência, a verdadeira liberdade é a consciência livre seja de preconceitos, pecados, livre das conveniências...
Seja da conveniência religiosa ou da sociedade.

Sônia Vianna Landeo

Juntos mas só


Juntos mas só

Estão todos sempre juntos,
mas estamos todos morrendo solitário.
Sinto isso,
tenho medo.

Podemos nos unir
e discutir alguma maneira
de nos tornarmos seres humanos sensíveis,
tendo o que compartilhar.

O que pensamos
é mais do que sabemos expressar.

Se tudo na vida for direcionado para
o processo de começar e crescer.
Nós veríamos o desenvolvimento,
e não haveria o cansaço.

Cada pessoa vive o amor a seu estilo
e ao mesmo tempo
relacionar a confusão
e a solidão.

Certamente viverá a destruição
e o desespero.

(1986)

Sônia Vianna Landeo

sábado, 10 de maio de 2008

Sobre o amor


Sobre o amor



Sobre o amor incondicional

“Perdi meu amor por amar demais”


Quantas vezes ouvimos as pessoas justificarem seus sofrimentos por perder o amado (a) e acreditando fielmente que perdeu o amor por amar demais.

Quantas vezes sofremos por amor?

Bom, eu responderia que se há sofrimento já se sabe que não é amor verdadeiro, porque o verdadeiro amor é aquele que justamente não faz sofrer.

Geralmente, muito freqüentemente, confundimos o amor por desejos do ego, por orgulho, ou mesmo um mimo, capricho, o que for, bem como todo sofrimento, observe:

“Ele não me ama o quanto eu o amo”

Uma frase talvez usada por todos nós ao menos uma vez na vida, e se por algum momento já pensou assim sobre seu amor, lamento informar, mas não é amor, se fosse amor verdadeiro seria mais ou menos assim o pensamento, “Eu o amo tanto que faria tudo para ele ser feliz” Nota-se que se cumprisse o pensamento seria amor, caso contrário, também não seria amor, pois quando se ama, o verdadeiro desejo é que o amado ou a amada seja feliz incondicionalmente.

É pequena a diferença e bem simples, porém muito significativa, pois o amor é liberdade, o verdadeiro amor liberta, e liberdade é a chave para a felicidade, pois só somos felizes quando escolhemos e vivemos nossas escolhas, e isso é amar, e se por amor você aprisionar o ser amado, certamente ele sofrerá, e fazer o ser amado sofrer não é um ato de amor...

Bom, muitos outros exemplos eu poderia citar aqui, ciúmes, medos, atos e muitos desatinos que fazemos em nome do amor, além de frases que nosso ego, nosso orgulho nos obriga a dizer em nome do amor, mas se por trás destas frases e destes atos estiver um individuo no meio, um “EU” ou seja “VOCÊ” se beneficiando ou mesmo sofrendo, se referindo ao seu bem estar ou dor, a sua felicidade ou mesmo sua infelicidade, se envolver seu desejo, pode parar!

Isso não é amar, não é o verdadeiro amor, pois o verdadeiro amor nada cobra, nada exige e não faz sofrer, então, já sabe, se esse amor lhe causa algum sofrimento, ansiedade, medo, sentimento que não seja estar feliz ao ver a felicidade do ser amado, não é amor.

É bem simples, quando se ama verdadeiramente, o que se deseja é que o amado seja realmente feliz.

Lembre-se:

“O amor constrói” então se destrói algo não é amor...

“O amor eleva”, então se humilha não é amor...

“O amor liberta” então se aprisiona não é amor...

O amor é incondicional, se houver uma condição que não seja a felicidade certamente não é amor.

Isso vale para todos os lados, para você saber se ama e para você saber se é amada(o) verdadeiramente, e inclusive para o amor próprio que é a base de um amor romântico sadio e feliz, mas falarei disso uma outra vez.

Então, ame!

Ame verdadeiramente e será feliz!

Sônia Vianna Landeo

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Com sentimentos (Vênus)









Com sentimentos...



Com raiva,

o sangue flui com velocidade,
descontrolado, chega ao coração
o desequilibrando,
transformando uma energia
descontrolada
que nos faz agir como um impulso
sem raciocínio,
muitas vezes
sem permitir a manifestação do bem,
muitas vezes nos leva ao desespero,
causando danos até irreversíveis aos outros
e a si mesma,
muitas vezes também
agem como combustível,
como um movimento,
como uma eletricidade,
assim é quando o bem
consegue se manifestar nos dando o direito de agir, atacar ou proteger.

Com amor, o aroma é suave, o feio é belo, e calmo, satisfação mesmo com a manifestação do mal, satisfação com a sensação de felicidade, sensação de liberdade, sensação de leveza, luz, brilho, desejos, sonhos, com amor temos força, com amor temos coragem, com amor não temos vergonha de viver.Mas quando o amor se transforma em ódio...

Com ódio, perdemos o olfato, o tato, a visão, a razão, o ódio nos leva ao fundo, com ódio detemos a manifestação do bem, com ódio disfarçamos o amor que chora escondido no fundo do coração, triste, se consolando com as lágrimas do ódio.

Com tristeza, quase sempre sentimos como uma sensação de perda, ficamos tristes por não termos ou por deixar de ter algo, ficamos triste por não poder ter amor, por não ter mais amor, por incompetência, rejeição, desprezo, desprazer, frustração, ficamos tristes por não poder...

O poder... quase sempre impressiona, sempre impressiona, mas o verdadeiro poder é o da alma, é o poder saber, poder entender, poder compreender, poder sorrir, poder chorar, poder mudar o bem e o mal sem medo...

Com medo... o pior sentimento de um ser humano, o mais temido dos sentimentos é o medo... O medo de cada um, o medo de morrer, de viver, o medo de perder, de ganhar, por mais que tente disfarçar o medo é o mais visível dos sentimentos, o medo é necessário, é constante, é permanente.

Não tenha medo do medo, ele está ao seu lado para lhe proteger, alguns tem a consciência de seus medos, de pelo menos alguns de seus medos, mas outros ignoram, mas no fundo sabem de seus medos, temem, mas agem com coragem por mais inseguro que esteja no momento, a insegurança não é um erro, não é um pecado, não é uma fraqueza, a insegurança pode significar segurança, pois pode ser sua guarda, sua proteção, mas às vezes precisamos aceitar os riscos por mais perigoso possa parecer, pois em todo e qualquer caminho sempre haverá uma pedra e um espinho, permita que o medo seja seu melhor companheiro, mas não o permita te dominar por inteiro...

O caminho... o espaço entre um lugar e outro, é o rumo, a direção, o destino, a salvação, encontro com a alma, encontro consigo mesma... o caminho é o viver... o caminho é à busca da felicidade, do sucesso... o caminho do homem...



Mais um trecho do livro Vênus (Sônia Vianna Landeo)

Vênus

Vênus apresentando Amor a Zeus



Meu sonho...
Descobri então que o meu sonho era divino, proveniente de Deuses, o sonho é uma associação de imagens, desconexas do corpo, formadas no espírito enquanto se dorme, concluía então, uma fantasia, uma previsão de mim mesma, me vejo uma protegida dos Deuses, protegida de Vênus, protegida de Apolo, protegida do amor, uma eterna amante, amante dos meus dois filhos, amante do mar, amante do homem, amante da poesia que para mim era uma forma de expressão em que se revela uma visão própria de emoção sem lógica, sem razão, apenas de emoção, que toca, eleva encanta e causa lágrima, por comover, lágrimas de amor, um choro de amar. O choro era o consolo para Vênus, agora entendo o choro do amor, a lágrima sagrada dos Deuses, lágrima sagrada do amor. O choro então era também um consolo aos poetas, uma gota, uma cicatriz nas poesias.




A música
A música então, também era divina, proveniente de Deus, uma sublime arte de combinar os sons, arte de encantar e envolver o espírito, arte de elevar a alma, de expressar sentimentos, desejos, sonhos, é claro, eu sei, tem também a música pesada, que pesa na alma, e mais uma vez me vejo diante do bem e do mal, tudo tem dois lados, duas faces em uma só, o bem é o mal, o amor é o bem e é também o mal, assim como os Deuses nos beneficiam também nos prejudicam depende do desejo de cada um, depende da elevação de cada espírito, da sabedoria de cada alma.




Resposta dos deuses
O oráculo na religião grega é a resposta dada pelos deuses às perguntas dos humanos. O oráculo mais antigo é o de Zeus, em Dondora, existiam muitos outros oráculos dedicados a outros deuses, mas o mais conhecido era o de Apolo, em Delfos. Os pedidos ao oráculo eram feitos juntamente com rituais predeterminados, e as respostas muitas vezes vinham por sonhos, então os sacerdotes tinham a função de interpretar, mas Apolo falava através da sibila ou sacerdotisa divina, que entrava em transe possuída pelo Deus Apolo. Em Roma os oráculos não tinham tanta importância como na Grécia. O oráculo de Apolo era fascinante, e o oráculo me fascinava cada vez mais, simplesmente eu me identificava cada vez mais com os deuses. Era como se eu tivesse feito parte dessa época, como se eu tivesse presenciado toda essa história, como se eu fosse também um deus, assim como Vênus era mãe de dois filhos e lutava por eles, eu também! Fascinada pelo mar, pela música e pela poesia, assim como eu também! Dedicada aos romances, dedicada ao sentimento, assim como eu também! Desejos do bem e desejos do mal, assim como eu também!




Em alguns momentos somos do bem em outros somos do mal, mas dificilmente reconhecemos, o egoísmo, a inveja, a ganância, são desejos do mal, a angústia é a guerra entre o bem e o mal dentro de nós, e dificilmente entendemos, o amor, a dependência, o ciúme, eram do mal, assim como também o amor era do bem, mas sem domínio, sem o desejo de retribuição, mas dificilmente compreenderíamos, somos ao mesmo tempo o bem e o mal, assim como Deus, como todos os deuses, assim somos nós, deuses de nós mesmos, deuses do bem e do mal. Nós escolhemos quem devemos ser a cada instante, se devemos ser maus ou se devemos ser bons, a cada instante mudamos e não percebemos, não nos damos conta da constante mutação que vivemos, não nos damos conta do ser inconstante que somos, a cada instante um novo ser, a cada instante um ser mal e ou bom.



Mais um trecho do livro Vênus (Sônia Vianna Landeo)

domingo, 4 de maio de 2008

Abri os olhos

Sei
Mais do que eu quis
Mais do que sou
E sei do que sei


Só não sei viver
Sem querer ser
Mais do que sou


E fato é o ato da procura
E a cura não existe
Só o que era certo
Eu descobri
Nem sempre era o melhor


Refrão
Abri os olhos
Não consigo mais fechar
Assisto em silêncio
Até o que eu não quero enxergar


Não sei afastar
A dor de saber
Que o saber não há


Só não sei dizer
Se esse meu ver
Se pode explicar


Enquanto eu penso
Tanto entendo
Que é mais fácil
Não pensar
O que era certo
Eu aprendi
A sempre questionar


Refrão 2x

Sei
Mais do que eu quis
Mais do que sou
E sei do que sei


Refrão 2x

Letra Sandy Leah

O amigo e o mendigo



O amigo
e o
mendigo

Lembro-me que muitos anos atrás, numa época de profunda negação da fé, eu estava com minha mulher e uma amiga no Baixo Leblon, Rio de Janeiro.
Havíamos bebido um pouco quando chegou um velho companheiro, que viveu conosco os loucos anos das décadas de 1960 e 70, e depois entrou para um seminário.
Ele começou a falar de Jesus, e nós ironizávamos tudo que dizia.

Quando saímos do restaurante, uma das pessoas que estava comigo apontou para uma criança que dormia na calçada.

– Está vendo como Jesus se preocupa com o mundo? - disse ela.

– Claro que estou vendo - respondeu ele.

– Ele colocou aquela criança ali, e fez questão de que você visse, para que pudesse fazer alguma coisa.

Aquela frase foi o início do meu retorno à busca espiritual.

sábado, 3 de maio de 2008

Leis de Deus


Leis de Deus



Entendo que não sabemos nada sobre as leis de Deus e, no entanto, parece que somos os criadores do mundo limitando nossas crenças, prepotência, chega até ser arrogância e muita ignorância.

Não! Não me peça para ser suave nas palavras, para medir palavras, é preciso palavras atuantes, que causem efeito, que faça ao menos refletir, certamente em toda e qualquer reflexão haverá algum efeito, mesmo que esse efeito seja mais e mais dúvidas e questionamento, a inquietação fará com que se busque uma resposta, e essa busca pelas respostas é o verdadeiro viver, pois viva intensamente, busque suas respostas mesmo que se multiplique as duvidas, pois estamos mais próximos de Deus quando temos dúvidas, e é com Ele, que lentamente e adequadamente, enfim, obteremos as respostas, mas certamente tudo em seu tempo.

Sônia Vianna Landeo

O tempo


O tempo



Nada de tempo, vou escrever o meu momento...
(Dizem que sou poeta que acredita no amor,)
E neste momento incomparável, desesperador, inesquecível, insuportável
Ou suportável, pois aqui estou em sofrimento, muito sofrimento...

Nem sei mais como escrever, quando escrevo...
Meus pensamentos se perdem, nem penso, ou nem me concentro,
Ou me esqueço, nem sei do que esqueço!
Mas sinto medo, às vezes nem mais medo eu tenho
É como se eu não mais sentisse nada
Ou sentisse uma grande e infinita tristeza que invade meu ser
E me vejo no automático, agindo sem saber, sem vontade
Sem nem perceber, se é que estou agindo, pois
Me sinto inativo, desativado!
queria tanto ter meu raciocínio de volta, uma mente sã...
voltar a ser eu mesmo, se é que sou diferente do que sou agora...
será que sou melhor do que esse baú de tristeza?

Que prepotencia a minha em acreditar que eu não sou o que sou,
Puro orgulho em acreditar que sou melhor do que sou,
Eu sou o que sou, eu sou!
Sou o que permito ser e se me sinto triste... é porque assim sou,
Assim permito ser, assim sou, eu sou!

Com um pouco de clareza, me envergonho do que sou,
E não desejo mais ser, nem mais viver... o que?
E quem me condenar por esse desejo insano, de não mais ser,
Que seja minha vida, que viva minha vida, inativo...

Nem sei mais o que escrevo, não me lembro...
Eu sei que estas palavras se perderão ao tempo,
Carregadas pelo vento, além do tempo... pelo tempo
Carregando o tormento do esquecimento,
Do que? Nem lembro...
Esse meu momento... ser humano.

Sônia Vianna Landeo

Sobre a dor







Quando eu era pequena e sentia dores nas pernas e por vezes nos braços, minha mãe dizia feliz:
- Parabéns! Você está crescendo!
E conversávamos a respeito dessa dor.
Ela justificava que eram os ossos crescendo e isso doía, era normal.
Bom, não tenho mesmo como negar, as dores são normais; são efeitos de alguma causa, e mesmo sendo efeitos, são causas também, ou melhor, até mesmo os efeitos são causas para outros efeitos.
E assim vamos - como dizia a minha mãe - crescendo.
O efeito de uma dor sempre é o crescimento, porém não necessariamente dos ossos; afinal, não somos apenas matéria.
O que quero dizer com essa historinha de criança é que não há dor sem crescimento, e o mesmo acontece com o espírito.
As dores emocionais sempre nos fazem crescer espiritualmente, mesmo que com ela não consegamos enxergar o crescimento.
Mas isso também não significa que devemos sair por aí batendo com a cabeça só para sentirmos dor, não!
Refiro-me à dor natural, efeito de uma causa que justifique a dor, como uma perda, uma separação, uma reparação... sim, reparação: por vezes sentimos dor ao repararmos um erro - dor do ego, orgulho, o que for e o efeito será certamente o crescimento.
E podemos inclusive dizer também o renascimento, o nascimento, como na dor do parto, por exemplo.
Quais os efeitos da dor do parto?
Inúmeros, tantos e o principal talvez seja o nascimento de outro ser em crescimento; além do renascimento de um ser - a mãe - que renasce de mulher como mãe, um novo ser espiritualmente, e sem dúvida, ambos em crescimento.
E uma alma em crescimento é a claridade a envolvendo, a luz irradiando, e quanto mais luz maior a compreensão e a dor vai diminuindo até que se cesse pela compreensão, pela aceitação, pelo crescimento.
Não estou aqui para dizer que a dor é boa, não é isso, mas também não é ruim. Mas estou aqui para dizer que não há dores sem efeitos, e entendo que o efeito é no mínimo um crescimento espiritual.
Também não estou dizendo que precisamos da dor para crescer, afinal, crescemos também sem sentir dor; um exemplo nítido é nosso cabelo... sentimos dor quando o cabelo cresce? Não, mas ele está crescendo...
Bom, finalizando, não venho aqui para dizer que sempre iremos sofrer, também não é isso.
Mas para dizer que haverá dores em certos momentos e que certamente passarão; e não devemos evitar os sofrimentos por medo do sofrimento, pois desejamos crescer. Ou não?
Bom, o que eu quero dizer é que a dor não é ruim nem boa, porém necessária.
E devemos aprender com ela, ou seja, quando sentimos dores sentimentais, Deus está nos dizendo assim:
- Parabéns! Você está crescendo!

Sônia Vianna Landeo

Dizem que sou cruel









Dizem que sou cruel,
Que eu não penso nos que ficam,
Que não aviso com antecedência
E que não dou segundas chances;
Pensamentos egoístas e ignorantes dos que me julgam,
Só pensam em si...
O que seria pensar nos que ficam?
Como seria se eu avisasse com antecedência?
Porque pensam que eu não dou segunda chance?
Não imaginam quantas chances desperdiçaram...
Não vou ao trabalho sorrindo ironicamente, como dizem...
Tampouco chorando, me arrependendo ou coisa parecida...
Cumpro com minha tarefa, conforme combinado,
Nada sobre a vida de alguém é feito sem que esse alguém permita,
Ou já se esqueceram do livre arbítrio?
Além de se esquecerem de todo o trato feito antes...
Decerto esqueceram, também faz parte do trato.
Por isso os perdoou pelos maus julgamentos, compreendo.
Mas hoje em dia, já há tantos com maior consciência
Que eu esperava ao menos destes, maior consideração,
Mas mesmos estes, se eu vou acompanhar um filho seu...
Esquecem toda consciência que tem de si mesmos e me odeiam...
E ainda dizem que é por amor que se desesperam...
Confundem amor com egoísmo, santa ignorância!
No bom sentido.
as quando chega sua hora e eu os acompanho,
Que felicidade!
Celebram a luz, relembram seus tratos e muitas vezes se envergonham,
Começam as lamentações, muitos se revoltam e muitos seguem felizes seguindo a luz.
Tão amado é o caminho de luz...
E esquecidos os desesperos vividos na ignorância,
Começam os novos planos até que começa a nova contagem,
Um, dois, três... nove meses e tudo recomeça.
E voltam a se esquecer de mim,
E também voltam a me tratar com arrogância,
Culpando-me, me condenando, isso sem levar em conta
Que quando vou buscá-los vou atendendo ao seu próprio pedido,
Pois me chamam quando correm na estrada,
Quando bebem, quando fumam, quando adoecem,
Ou simplesmente quando desistem de viver.
Tudo é uma questão de escolha e cada um com a sua escolha.
Dizem que sou cruel, mas sou amável...
Dizem que sou implacável, mas é um fato, todos querem partir.
E sou eu quem realiza seus desejos, e no fim, todos aceitam.
E tudo recomeça ao nascerem outra vez!
Mas, compreendo quando me chamam de Dona Morte,
Poucos sabem que sou a justiça esperada por todos,
Eu sou o início da vida nova, o que todos mais desejam,
Se eu os pudesse aconselhar, diria:
“Cuidem-se, pois assim Deus estará cuidando de vocês conforme seu desejo
E quando eu chegar, não tenham medo, confiem em mim!”

Sônia Vianna Landeo

sexta-feira, 25 de abril de 2008

SEDE










Sede

Mate sua sede,
abasteça seus potes,
salve sua caravana,
proteja-te das tempestades de areia
e não entre no avião...
O destino é a estátua que dá liberdade,
sem alma e sem passaporte,
nem fotos, nem dólares,
apenas um kibe,
se apoie na maca,
se proste diante ao presidente,
desunindo os estados – América?
Habibi, ou prefira um feijão com arroz
bife com fritas,
é permitido ao menos coca cola?
pague em diners,
o avião destinou-se ao dolar,
em queda livre,
há saudações, choro e orações,
diante da caravana sem pegadas no deserto
decorado pelas ondas do vento,
canções e assobios,
e a boca seca em delírio na noite fria,
salvo está teu cobertor de estrelas reluzindo o tempo,
sem tempo,
imposto pelo sabor das águas claras
um sonho,
acorde!
O sol bate forte em suas vistas,
desvendando seus planos.
Reabasteça seus potes,
caminhe em direção ao púlpito,
o comício terminou,
lance um míssel na urna do estado a se unir,
seu voto?
Ao pé da balança o pó,
a areia do deserto
abandonando a casa branca
de alma negra,
sem moradores,
ou moradores sem alma.
Oficiais,
mártires em nome da paz,
de Deus,
o fim do mundo
entre piratas,
desumanos, humanos,
muçulmanos x piratas,
no cinema, ou na tv,
ou em você!
Mate sua sede!

Sônia Vianna Landeo

sexta-feira, 11 de abril de 2008

VÊNUS



VÊNUS ...

Pense “VIDA”
enquanto tiver vida.

Pode parecer filosofia,
pode parecer poesia
ou mesmo mitologia,
pois é,
a origem do universo pode ser explicada de diversas maneiras,
pode ser explicada por astrônomos, arqueólogos, historiadores,
mas no passado distante,
antes de qualquer ciência,
no início do mundo e da sociedade foi explicado por mitologia,
tudo bem, pode ser tudo mito, relatos,
acontecimentos imaginários dos primeiros tempos,
mas ninguém tem como determinar nada de verdadeiro,
nada de real, em tudo existe a fantasia,
em tudo existe a imaginação,
e mais uma vez a fantasia se funde com a realidade
como em tudo na vida,
e mais uma vez eu disse vida,
estamos o tempo todo falando de vida,
estamos o tempo todo na fusão da fantasia com a realidade,
e já nem sabemos mais quando estamos na fantasia
ou na realidade
é como o bem e o mal, nunca sabemos,
mas há quem diga: Eu sei!
Mas na verdade não sabe,
pois se soubesse estaria se despedindo ou fora dessa vida,
em outra vida, vida só da alma, pois nunca se sabe da verdade,
nunca se sabe da fantasia,
nunca se sabe do bem,
nunca se sabe do mal.
Ilusório o ser sábio,
ilusório o ser conquistador da verdade,
ilusório o ser humano,
o ser bom e o ser mal,
ilusório o ser capaz de julgar se somos bem ou mal,
quando julgamos, se formos o mal julgaremos mal,
e se formos o bem julgaremos bem
e como julgarmos se somos o bem e o mal?
Somos dois opostos, positivo e negativo,
como tudo na Terra,
a luz o escuro,
a água e a seca,
o frio e o quente,
o dia e a noite,
o bem e o mal.
Como poderia julgar o dia e a noite?
São opostos, julgaria o dia bem e a noite mal?
Ou julgaria o dia mal e a noite bem?
O bem e o mal se completam por mais estranho possa parecer,
são essenciais, um dá sentido ao outro,
um não precisaria existir se não fosse o outro,
assim é o bem e o mal,
essencial um para o outro...

Sônia Vianna Landeo

domingo, 6 de abril de 2008

Alquimia da Ilusão


Alquimia da Ilusão

Transformar o mau em bem,
Transformar o ódio em amor,
Transformar o desprezo em zelo,
Transformar o choro em riso,
Transformar a dor em flor,
Transformar a solidão em abraço,
Transformar o abraço em beijo,
Transformar você em mim
Em um só ser na alma e no corpo.

Sônia Vianna Landeo

Loucura



Certamente, algo estava acontecendo, a loucura?


A figura, o corpo, a imagem se libertava na morte, assim como a loucura liberta certamente, estar louco conforta, nos liberta da ordem, da obediência, da conveniência, de nós mesmos, a loucura encanta, fascina, a loucura me encanta, no seu estado mais verdadeiro de ser, decerto a loucura é o encontro com a própria verdade, com a própria realidade, a realidade que se acredita, essa é a loucura, ser o que se crê, é ser o que se deseja mesmo que seja mentira, se crê e basta essa é a liberdade da mente, não se oprimir, não se restringir e sim se expandir até onde se deseja enquanto se desejar, exótico, erótico, infantil até cruel, ser tudo, todos a qualquer momento e na imaginação de si mesmo sorrir e chorar sem justificar, ser louco é ser livre no universo moral, ético, no universo real e da fé.

Sônia Vianna Landeo


Trecho do livro que virou introdução de um show do grupo musical Libertas Mória do Distrito Federal, ouça no Palco MP3: http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/libertasmoriasite/



Sol, o ciclo da vida

Sol, o ciclo da vida

Sempre que olhar o sol se por,
lembre-se que ele voltará, sempre!
O Sol é a certeza de que há esperança,
O Sol é a certeza de que há harmonia,
O Sol é a certeza de que há despedida,
O Sol é a certeza de que há volta,
O Sol é a certeza de que há choro,
O Sol é a certeza de que há sorriso,
O Sol é a certeza de que há olhar brilhante,
O Sol é a certeza de que há olhar de lágrimas,
O Sol é a certeza de que há sonhos,
O Sol é a certeza de que há desilusões,
O Sol é a certeza de que há vida,
O Sol é a certeza de que há fim,
O Sol é a certeza de que há esperança...
O Sol é a certeza do ciclo da vida.

Sônia Vianna Landeo

Detalhes de "Detalhes"


Sören Kierkegaard viveu apenas 42 anos



Sören entrou em minha vida lentamente e muito demorei a aceita-lo e a entende-lo e, no entanto ele me compreende e me conforta em um momento de grande conturbação e transformação em minha vida que resultou na mudança da cidade do Rio de Janeiro para Curitiba. Sören em seu desespero, e muitas vezes demasiado orgulho, consegue, mesmo que possa parecer uma maneira inadequada, me passar sentimentos de paz, fé e amor em Deus, e essa fé é a que me fez ter forças e organizar alguns textos escritos na maior solidão, solidão esta que o fez se apresentar e me acompanhar como prova de um amor incondicional, e agradeço a Deus por me permitir viver o que posso dizer uma experiência divina.

À noite

Observar e ser observado... Parece irônico, e é até descobrir que se pode observar a si mesmo, e me pego sorrindo ao me ver te admirando, ao me ver te olhando no espelho, desejas me ver, desejas ver sua própria alma, chega a me ver em seus próprios olhos, somos um único ser, no amor...Assusto-me com seu pensamento, sua estética me perturba, sabe me fazer esquecer o presente me fazendo pensar no passado como se não houvesse o futuro e menos ainda a eternidade, como se só a mente importasse, me faz admirar sua astúcia, me fazendo desejar decifra-lo, e o efeito? Depende de como vejo você, de como julgo você, com amor ou com ódio?
E isso é perfeito, certamente concorda com meu pensamento, meu pensamento? Funde nossos pensamentos, nossas almas... Mas, ao nosso redor, é demasiada a interferência, precisamos harmonizar as intenções. Elevados pensamentos, o coração inquieto, o pensamento inquieto – tortuoso, infiel e indecifrável – um sopro de paz lentamente... Amor, ódio, limites.