sexta-feira, 16 de maio de 2008

Imagem, espelho...

Imagem, espelho...

Diante do espelho, eu me vejo em paz, rosto suave, um leve sorriso, intenção de seduzir?
Certamente é sua intenção, seduzir-me mostrando a mim mesmo em paz, mostrando minha imagem em paz...
Às vezes o sinto ao me olhar no espelho, o vejo em meu olhar, o que seria essa sensação? Seria sua imagem ou seus sentimentos em mim?
Não mais me importo em saber o que me acontece de fato, já o entendo, aceito como meu destino, acredito que estamos encontrando uma harmonia, estamos cada vez mais em paz, talvez estejamos encontrando juntos o nosso caminho, o caminho da paz, e, no entanto, percebo minha lucidez retornando, o percebo como luz, quando me vejo lúcida, o vejo iluminado, como se cada um de nós estivesse nos encontrando, cada um em sua condição, cada um em seu caminho de luz.Precisamos dessa condição diferente para um futuro, e o benefício?
A fé e o amor que desenvolvi é algo que jamais alguém conseguiu me mostrar como me mostra com tanta intensidade, entender a liberdade, não sei nada de ninguém, respeitar, liberdade não é estar livre de algo ou alguém, liberdade é ser e fazer conforme suas próprias vontades, seus desejos, justos e dignos, digo justos e dignos para não ficar preso na consciência, a verdadeira liberdade é a consciência livre seja de preconceitos, pecados, livre das conveniências...
Seja da conveniência religiosa ou da sociedade.

Sônia Vianna Landeo

Um comentário:

marinez gentil frada disse...

O texto revela o eu-lírico em frente a um espelho em busca de si mesmo. O espelho , entretanto, revela mais que uma identidade. Revela multiplas identidades que querem se unificar: a unidade na diversidade. Será que tal unidade será um dia conseguida?