Então, eu
perdi meu pai... Está bem, não perdi, ele faleceu, e foi a primeira perda
considerável da minha vida, dois anos depois meu filho se casou, por mais que
tento me controlar emocionalmente, é uma perda também - não uma perda pela dona
morte, mas pela dona Aline - mas, tudo bem, tenho muita alegria e esperanças
quanto a isso... mas, dizer que isso significa que eu estou ficando velha? Nem pensar!
Ou melhor, se pensar, verá que não
estou ficando velha sozinha, de forma alguma, que atire a primeira pedra quem
não estiver envelhecendo ao mesmo tempo que eu...
Anda, estou
esperando que me atirem a pedra.
Ninguém né! Pois
bem, é a vida... que a cada dia nos leva mais um dia de vida... ou será que a
vida a cada dia nos dá mais um dia de vida? Depende do ponto de vista de cada
um, é como o copo meio cheio ou meio vazio, depende do ponto de vista e da
forma de encarar a vida, eu considero as duas formas, confesso! Há dias em que
eu considero que a cada dia ganho mais um dia de vida, mas há dias em que eu
engulo o fato de que a vida está levando de mim a cada dia, um dia... e assim,
vamos envelhecendo.
Mas o que
seria envelhecer?
Eu imagino a
velhice de barba longa, bengala e uma casa no alto da montanha, enquanto isso não
acontecer, é porque ainda sou jovem. Mas, há uma realidade incrivelmente contrária,
que afirma que a velhice é o desconforto, as dores pelo corpo e pela alma, o
enfrentamento de preconceitos por amigos, parentes e desconhecidos, que triste
então essa velhice, ou seria tolice então encarar assim a velhice?
Eu só sei que
nada sei, já dizia alguém, sei lá quem, há, isso de “desmemorização” faz parte
da velhice, então...
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