Às vezes aprisionamos sem saber e é preciso ser livre para ser feliz, é preciso não ter elos, para poder ser e ir onde quiser...
Às vezes para nos libertarmos e libertarmos as pessoas precisamos ser rudes, machucar até e assim arrancar correntes que mais estavam ligadas por uma admiração e até obsessão do que verdadeira amizade, libertar essas amarras proporciona a nós mesmos a oportunidade de evoluir, bem como aos que libertamos. Muitas vezes aprisionamos sem perceber e sem nem mesmo ter a intenção, é a natureza do medo agindo por si, costumamos nos aprisionar com o que nos facilita a viver, quando o melhor é enfrentá-la sem medo e com coragem de enxergar toda a realidade que muitas vezes (a maioria) não é como acreditamos ser.
Essa libertação, por mais dura possa ser, proporciona ao liberto (que no fundo são ambos) a ser mais e mais quem realmente se é, experimentar ser o que for sem medo de ser. Pode parecer algo poético, mas nem ético é se pensar dentro das “leis da religião”, a lei que nos enlaça com a obrigação da caridade e da compreensão, mas quem pode doar e compreender sem se conhecer verdadeiramente, sem se experimentar pura e verdadeiramente seu ser...
Seja como for a compreensão que temos no momento, amor não é amarras, amor é liberdade.
E para um pintinho nascer e se tornar um ser que se é e ser livre, é preciso romper com as barreiras do seu ovo, e o que parece ter se rompido, se quebrado, é o portal da liberdade.
E toda segurança que se tinha dentro do ovo é perdida, ele se encontra como se é dentro do mundo real, sem ilusões. E por mais que alguém possa o salvar, ele precisa viver sua vida intensamente, enfrentar seus medos e sim, piar, ter sua voz no mundo, no seu mundo.
E sem esquecer, que não somos os únicos, e todos com suas vozes, todos com seus medos, todos temos que nos libertar e libertar...
Sobre casos de amizades, relacionamentos afetivos, professores e alunos e pais e filhos, terapeutas, médicos e pacientes também.
Um comentário:
Somos únicos mas precisamos do outro. Necessitamos afetar e sermos afetados. (de afeto). Isto não significa prisão. Significa estar entusiasmo com a vida. Significa olhar para o outro e vê-lo. Significa estarmos abertos para o mundo, para as pessoas. Isto é o contrário de prisão. Afetar e ser afetado é estar conectado ao universo, à terra, à natureza, aos homens. Mas somos libres neste afetar e ser afetados.
Postar um comentário