Máquina do tempo
Correndo pelas ruas,
Pique pega é a brincadeira,
Um corre e toca no outro,
Está comigo, preciso correr...
Um lindo rapaz parado a me olhar,
Em um círculo de amigos mantendo o olhar,
Vai ser meu! Eu digo.
Em seguida entro de branco na igreja...
O primeiro choro... é um menino!
Eis que um filho é bem vindo,
E mama, corre, estuda, trabalha...
E noivo se prepara para se casar.
Um choro... outro menino!
E nova festa a celebrar,
Joga bola, estuda, se planeja.
Um amigo a me acompanhar...
Eis algumas lembranças que,
Quando eu corria sonhava com o futuro,
Meu presente...
Lembrando do meu passado imaginando o futuro...
O que sou? Eu me pergunto.
Eis que sou a máquina do tempo,
Chamada corpo humano, a mente que lembra... O ser.
2 comentários:
Que lindo seu texto Sonia! Fiquei procurando a amiga que conheci nessas muitas fases.
Bem legal
Beijo carinhoso
Mary
A vida, uma biografia, algo que se repete em quase todas as mulheres. Parir, sim, parir um novo ser. E a alegria da natividade, do Natal do nascimento. E o parir é fruto sempre do desejo. Somos seres desejantes e, por isso , incompletos. O parir dá à mulher uma sensação de totalidade. Mas parir também revela a fragilidade do ser que nasce, um ser que nasce com um destino certo: a Morte.
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