Ainda me
lembro do medo de chegar aos 30 anos, eu imaginava a morte aos 33, como
Jesus... vivia um tormento considerando ser o fim do mundo – do meu mundo – e então,
chegando aos trinta, nem me dei conta... quando me dei conta, eu estava nas vésperas
dos 40 anos, imaginei que viveria a crise dos 40, mas esta, nem reparei... quando
dei por mim eu já estava com 43, tantas dores e complicações senti, que as
crises dos 30 e a dos 40 se reuniram e vieram juntas, 43, me olhei no espelho
buscando as rugas que ainda se ocultam, graças a Deus... por via das dúvidas me
rendi a um dos cremes de Deus, aqueles milagrosos que evitam as rugas, vai que
é de Deus mesmo... mas, refletindo, não temo as rugas, nem mesmo as dores, não!
Nem a solidão, há tanto no mundo pra se fazer que nem tenho tempo de olhar pro
tempo... e quando olho para o tempo eu vejo um campo aberto, a família cresceu,
o neto nasceu... ok, não é neto, é só um cachorro, mas, faz de conta, era uma
vez o bebê Rumpel... de Rumpelstiltskin, de pelo preto e dourado de olhinhos
redondos cativante, pronto, ele é o responsável por eu estar apaixonada, apaixonada
pelo meu neto cachorro.
Então, a crise dos 4.4 nem sei, existe?
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